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02/12/2014 08h57 - Atualizado em 02/12/2014 09h03

Vendas de material de construção ficam estáveis em novembro

Lojas menores tiveram retração de 1% no mês, enquanto os grandes estabelecimentos cresceram 8%

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As vendas do varejo de material de construção tiveram desempenho estável em novembro (sobre outubro)  e ficaram 2% abaixo na comparação com o mesmo período do ano passado. As lojas menores apresentaram retração de 1% no mês, enquanto os grandes estabelecimentos e os home centers tiveram desempenho 8% superior ao de outubro.

Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Instituto Aço Brasil, Anfacer, Afeal e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 26 a 29 de novembro e a margem de erro é de 4,3 pontos percentuais.

No levantamento por regiões, o Sudeste, o Centro-Oeste e o Sul apresentaram queda de vendas em 44, 47% e 37% dos estabelecimentos pesquisados, respectivamente. Já o Nordeste apresentou crescimento em 49% das lojas e o Norte em 41%. 

“Ao contrário de outubro, quando tínhamos um indicativo de aumento de vendas de caixas d' água devido à crise hídrica que atingiu, principalmente o Estado de São Paulo, esse aumento de vendas não se concretizou. O setor de telhas e caixas d' água de fibrocimento teve queda de 8% em novembro”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Segundo ele, outros setores que apresentaram queda de vendas no mês foram revestimentos cerâmicos (-5%) e cimentos (-3%). “A tendência do consumidor de arrumar a casa para as festas de fim de ano se confirmou em novembro, mas não em todos os segmentos. Enquanto tivemos quedas em alguns setores de acabamentos, tintas cresceu 6% no mês e metais sanitários e portas e janelas de alumínio cresceram 3% cada”, completa.

O estudo também revela que os lojistas estão pessimistas para dezembro e esperam retração de vendas. “Tal comportamento é comum nessa época do ano, pois quem tinha que reformar já reformou. Em dezembro também começam as férias escolares, e reforma com criança em casa não combina. Além disso, o comportamento também impacta as intenções de contratação de funcionários no mês, que retraiu em todas as regiões, com excessão do Sul e do Norte”, declara Conz.

Em novembro, aumentou o pessimismo dos lojistas com relação às ações do governo nos próximos 12 meses (de 29% para 37%). Em compensação, cerca de 47% dos lojistas entrevistados pretende fazer novos investimentos nos próximos 12 meses.

Devido aos números apresentados em novembro, a Anamaco está revendo a sua expectativa de crescimento de 3,5% para 2% no ano de 2014. No acumulado do ano, o setor está com desempenho 1,5% superior e, no acumulado dos últimos 12 meses, apresenta crescimento de 2%. "Nos últimos 20 anos de acompanhamento, o nosso setor tem crescido de duas a três vezes o valor do PIB. Se as vendas se mantiverem estáveis em dezembro, como é a expectativa da Anamaco, poderemos fechar o ano, pela primeira vez, com desempenho muito superior ao PIB”, diz o presidente da Anamaco.

Para 2015, a entidade espera  um crescimento de 5,5% sobre 2014. “Acreditamos que a nova equipe econômica do governo fará os ajustes necessários e de forma suave, para que a economia continue crescendo no ano que vem, e sem que ocorra maior perda de emprego e renda. Além disso, percebemos uma grande preparação dos bancos privados em recuperar sua fatia no mercado de financiamentos ao consumidor de material de construção, perdida dos últimos anos, sem falar nos financiamentos imobiliários, que continuam batendo recordes sucessivos, sendo que 65% desses financiamentos são de imóveis usados, gerando uma grande demanda por produtos do nosso setor. Para se ter uma ideia, cada R$ 1 mil investidos em melhoria antes da venda da casa, geram uma valorização no imóvel de, em média, R$ 3 mil. Ou seja, o cenário continua sendo otimista para o ano que vem por conta desses e de outros fatores”, finaliza Conz.

Em 2013, o varejo e material de construção registrou um aumento de vendas 4,4% superior a 2012 e um faturamento recorde de R$ 57,42 bilhões.

*Fonte: Assessoria de Imprensa Anamaco


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