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21/09/2015 09h00 - Atualizado em 21/09/2015 09h27

Faturamento de serviços recua pela 17ª vez seguida

O setor de serviços, pesquisado mensalmente pelo IBGE, responde por mais de 1/3 de todo o valor adicionado gerado na economia brasileira.

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De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (18) pelo IBGE, no mês de julho a receita nominal do setor de serviços cresceu 2,1% em relação ao mesmo mês de 2014, resultado que repetiu o desempenho do setor apurado no levantamento anterior dessa base comparativa. O setor de serviços, pesquisado mensalmente pelo IBGE, responde por mais de 1/3 de todo o valor adicionado gerado na economia brasileira.

“O ano de 2015 tem se caracterizado pela perda significativa de ritmo de crescimento da receita dos serviços”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a Divisão Econômica da entidade, utilizando-se a inflação dos serviços acumulada nos últimos 12 meses medida pelo IPCA (+8,5%) como deflator da receita nominal de serviços, o crescimento real do setor entre julho deste ano e julho de 2014 teria sido de -6,4% – o segundo pior resultado do ano e a 17ª queda consecutiva nesse tipo de comparação.

No acumulado de janeiro a julho ante o mesmo período do ano passado, a PMS registra uma variação média de 2,2%, contrastando, portanto, com os desempenhos apurados em 2012 (+10,0%), 2013 (+8,5%) e 2014 (+6,0%). “Para que as atividades de serviços pesquisadas repitam o resultado de 2014, o mais fraco até então, seria necessário um avanço de 11,2% de agosto a dezembro em relação ao mesmo período do ano passado”, complementa Fabio.

Não são contemplados na PMS os serviços de saúde, educação e financeiros. A partir da próxima divulgação, a PMS contará com um deflator próprio, permitindo a obtenção de índices de volume e, portanto, a avaliação do desempenho real das atividades pesquisadas. Essas novas séries de indicadores serão retroativas ao início da pesquisa (janeiro de 2012), porém a comparação com o mês anterior ainda seguirá prejudicada, em razão da ausência de processos de ajuste sazonal.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares (+3,5%) destacaram-se positivamente, apesar de terem registrado seu pior desempenho no comparativo interanual. Essas atividades, que, basicamente, correspondem à prestação de serviços jurídicos, contabilidade, engenharia e serviços de manutenção das empresas, são responsáveis por aproximadamente 23% da receita total gerada pelas atividades que compõem a PMS. Sobressaiu-se, ainda, positivamente o desempenho dos serviços de transportes e correios (+2,8%). Por outro lado, a oscilação da receita nos serviços variados de manutenção, reparação e apoio à agropecuária (-0,9%) impediu uma alta mais expressiva do setor terciário.

Em termos regionais, a maior expansão ocorreu no Norte (+4,6%), região que concentrou as maiores taxas no plano estadual, a saber: Rondônia (+30,7%), Tocantins (+12,7%) e Pará (+8,3%). Pela primeira vez desde o início da pesquisa, o Nordeste apresentou queda em relação ao mesmo mês do ano anterior (-0,4%), tornando-se, em julho, a única a região a registrar queda nominal de receita.

 

Fonte: CNC


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