Salesiano II - 20/03/2024

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06/11/2015 10h13 - Atualizado em 06/11/2015 10h19

Número de novas empresas cresce 11,7% em dez meses no RN

A quantidade de pequenas empresas criadas nos dez primeiros meses do ano no Rio Grande do Norte praticamente se manteve em relação a 2014. Houve uma leve retração de 2,8%.

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A formalização de novos negócios praticamente tem mantido o ritmo no Rio Grande do Norte. De janeiro a outubro, foram criadas 13.890 micro e pequenas empresas no território potiguar, o que representa um avanço de 11,7% em relação à quantidade de pequenos negócios registrados no final de dezembro do ano passado. Na comparação com os dez primeiros meses de  2014, foi verificada uma pequena retração de 2,8%. À época, o estado teve um crescimento de 14% no número de novos negócios, com a criação de 14.288 empresas.

Os dados são da Receita Federal e dizem respeito apenas aos pequenos negócios inseridos no Simples Nacional, o sistema tributário que reúne as empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano e unifica diversos impostos em apenas uma guia, chegando a reduzir em até 40% a carga tributária para os empreendedores.

Entre janeiro e outubro, o quantitativo de negócios potiguares inseridos nesse regime fiscal subiu de 118.132 empresas para 132.022 empresas. Na avaliação do consultor na área de finanças e legislação, Marçalves Pinto, a diferença entre esses números se trata de novos negócios formatados. “Normalmente, a migração de categoria ou a adesão ao Simples ocorre no início do ano. Então, o que é formalizado ao longo dos meses refere-se geralmente a novas empresas constituídas”, assegura.

O consultor explica que o quantitativo de negócios formalizados  coprresponde, na maioria, aos Microempreendedores Individuais (MEI), que hoje totaliza 74.419 negócios no estado.Não à toa, somente este ano (até o fim de outubro), 11.908 profissionais se formalizaram nessa categoria jurídica. Em janeiro, os MEI somavam 62.511.

Já o diretor técnico do Sebrae no Rio Grande do Norte, João Hélio Cavalcanti, acredita que, apesar da diminuição no numero de criação de novas empresas, o crescimento é considerável e bastante representativo diante do cenário atual. “A retração em apenas 2,8% mostra que as micro e pequenas empresas estão sentindo em menor intensidade os efeitos da crise.  O padrão de consumo e prioridades do consumidor mudou radicalmente. Temos setores que estão em crescimento, como o de alimentação fora de casa. Com o câmbio atual, o turismo regional também está a todo vapor, e o retorno dos turistas estrangeiros já é uma realidade. Quem apostar nessas áreas tem chances de rentabilidade“, analisa o diretor.

Parte da explicação do ritmo de criação de novos negócios no estado passa pelas desvantagens de se manter informal, e por isso, o empreendedor decide regularizar a empresa. “A informalidade não é vantajosa e não traz competitividade como em cenários anteriores. Além do credito caro, o informal tem um mercado restrito, deixando o passivo fiscal oneroso e prejudicial ao empreendedor. Os novos empresários vêm com uma formação melhor e trazem um conceito sobre empreendedorismo mais embasado”.

Outro fator que motiva a abertura de novas empresas é a necessidade de obter outras fontes de renda. A situação econômica do país impulsiona pessoas a empreender por necessidade. “Esses empreendedores acabam apenas se mantendo, garantindo as condições básicas de sobrevivência. Mas entre eles, há alguns que tem potencial empreendedor. Quando esse pessoal investe em áreas de crescimento, há uma tendência de enxergarem uma oportunidade. Mas é preciso capacitação para haver desenvolvimento”, presume João Hélio.

 

Fonte: Agência Sebrae RN


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