‘Novo salário não dá para saúde nem lazer', aponta economista

Valor pode ser alterado em fevereiro com o início dos trabalhos no Congresso Nacional.

Por: Ana Edite Ulisses/Portal Girando

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O novo salário mínimo de R$ 540 já está valendo e o reajuste proposto apresenta um aumento de apenas R$ 30. Apesar da medida já estar em vigor, o valor pode ser alterado em fevereiro, com o início dos trabalhos no Congresso Nacional.

Mas o que realmente dá para se fazer com R$ 540? Na visão do economista Franklin Filgueira, só dá para comer e morar muito mal, baseado numa família com dois adultos e duas crianças. "Não dá nem para saúde e nem lazer", afirma.

Ele mostra que se for fazer os cálculos mensais, uma família de quatro pessoas compraria uma cesta básica para atender as suas necessidades, em média, de R$ 350, e retirando os impostos pagos sobraria R$ 170 para as contas de água, luz e outros débitos. "Essa realidade é encontrada em família da classe D, considerada um pouco acima da pobreza", confessa Franklin.

Segundo o economista, o ideal para essa família sobreviver tranquilamente é receber uma renda com quatro salários mínimos, o que daria condições necessárias para atender as suas necessidades. Mas para ele, atualmente, são poucas pessoas que sobrevivem apenas de um salário no Brasil, o que melhora, um pouco, a qualidade de vida do brasileiro.

"Com o crescimento das empresas e uma melhor oferta de trabalho, as pessoas, hoje, não ganha apenas um salário mínimo, como acontecia antes", ressalta. Essa realidade é consequência do crescimento econômico das empresas brasileiras, fazendo com que ofereçam uma renda com gratificações, auxílio alimentação e transporte. Tudo isso complementando o salário mínimo pago.