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13/07/2011 16h12 - Atualizado em 13/07/2011 16h17

Sem investimentos na produção, especialista prevê falta de etanol até 2014

Especialista diz que mesmo com ivestimentos pesados o problema não será solucionado até a Copa do Mundo.

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Até a Copa do Mundo de 2014, o Brasil vai continuar enfrentando problemas de desabastecimento de etanol. Essa é a opinião do engenheiro agrônomo Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), que coordena um grupo de estudos sobre cana-de-açúcar.

Em entrevista à Agência Brasil, Beauclair disse que a produção de etanol não consegue atender ao  mercado e que investimentos no setor, mesmo se forem feitos e ampliados imediatamente, só começarão a dar retorno em, no mínimo, três anos. “Infelizmente, não há solução a curto prazo. Não se soluciona essa situação em menos de um ano. A normalização [do abastecimento do mercado], se medidas forem tomadas imediatamente, viria a ocorrer nos próximos três ou quatro anos. Possivelmente, nas Olimpíadas [de 2016, no Rio de Janeiro] estaríamos com uma situação melhor. Mas até a Copa do Mundo de 2014 nós vamos ter esse problema”, disse o professor. Ele ressaltou que a necessidade é de "investimentos pesados" para que, no prazo mínimo de quatro anos, o Brasil possa exportar etanol.

Para este ano, a estimativa do professor é que volte a faltar combustível. “O etanol poderia estar agora com maior pressão de oferta, já que estamos em plena safra. No entanto, isso não está acontecendo. Já está havendo estocagem do produto para a entressafra. Esses preços devem se manter durante o ano inteiro. Não vai voltar mais a R$1,10 [por litro] ou R$ 1,20 justamente para inibir um pouco essa demanda e permitir que haja estocagem. Mas, ainda assim, nas minhas contas, vai faltar cana e, faltando cana, vai faltar etanol”.

A solução para o setor, de acordo com o acadêmico, passa pela ampliação dos investimentos no setor sucroalcooleiro e por uma política pública energética para atrair o investidor. “Se o desejo é que a oferta aumente, é preciso criar condições para que as pessoas que têm capital se decidam a colocar esse dinheiro no setor de produção”, explicou.

Fonte: Agência Brasil


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