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06/08/2011 07h04

Taxa de inflação é pressionada pela alta dos combustíveis

O litro da gasolina, que havia registrado queda de 3,94% um mês antes, teve alta de 0,15% no período.

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No início desta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou a taxa de inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). E foi constatado que o índice ficou praticamente estável de junho para julho (de 0,15% para 0,16%).

Apesar do aumento ter sido leve, o perfil do resultado teve diferenças significativas entre os dois meses. De acordo com a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, em julho, a taxa foi pressionada, principalmente, pela alta nos combustíveis, cujos preços subiram, em média, 0,47% no mês, depois de caírem 4,25% em junho.

O litro da gasolina, que havia registrado queda de 3,94% um mês antes, teve alta de 0,15% no período. "Em julho a maioria dos grupos apresentou resultado inferior ao observado em junho. A pressão veio basicamente dos combustíveis, que vinham durante dois meses apresentando resultados negativos, e voltaram a pressionar a inflação, especialmente por causa do etanol, que por sua vez pressiona os preços da gasolina", destacou Eulina.

"Esse é um dos itens mais importantes no orçamento das famílias. Qualquer movimento nele mexe no bolso do consumidor e nos índices de inflação", explicou, acrescentando que somente este ano a gasolina acumula alta de 6,30%, superior à elevação registrada durante todo o ano passado (1,67%). O etanol subiu, de janeiro a julho, 10,19%. Já ao longo de 2010 acumulou aumento de 4,36%.

Segundo Eulina, a alta no etanol pode ser explicada por problemas na safra da cana-de-açúcar, que deve ter redução de 5% este ano, e pela perda de qualidade do produto em função de problemas climáticos, além do "descompasso entre a oferta e a procura, com o aumento da frota de carros flex no país".

Com isso, a taxa do grupo transportes, também pressionada pelas tarifas de ônibus interestaduais (de 0,55% para 5,60%), que tiveram reajuste em julho, passou de - 0,61% para 0,46% no período.

Já os alimentos tiveram queda mais forte em julho, tendo passado de -0,26% para -0,34%, de acordo com o levantamento do IBGE. Ficaram mais baratos na passagem de um mês para o outro o tomate (-15,32%) e as carnes (-1,12%).

Também apresentaram decréscimos em suas taxas os grupos habitação (de 0,58% para 0,27%), artigos de residência (de 0,42% para 0,03%), vestuário (de 1,25% para 0,10%), saúde e cuidados pessoais (de 0,67% para 0,47%) e despesas pessoais (de 0,67% para 0,49%). Educação manteve a taxa do mês anterior (0,11%) e comunicação passou de -0,05% para -0,04%.

 

Fonte: Agência Brasil


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