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10/10/2011 09h33

Ovinos e caprinos do NE terão chip de indicação eletrônica

A proposta é identificar e rastrear experimentalmente um rebanho de 4 mil cabeças. Os chips inseridos fornecem informações em menos de três segundos.

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Rebanhos de ovinos e caprinos no Nordeste contarão com um sistema de rastreamento. A Embrapa, vai implantar experimentalmente no Ceará, Bahia e Paraíba o projeto de Indicação Eletrônica na ovinocaprinocultura, tecnologia que já é adotada pelos países da União Europeia há 15 anos.

Através de um chip colocado internamente no retículo ou na orelha dos pequenos ruminantes, é possível acessar a todas as informações de origem e sobre o que aconteceu ao longo da vida do animal em menos de três segundos. Esse rastreamento traz benefícios para os produtores, frigoríficos e consumidores, oferecendo garantias de origem, produção, qualidade e segurança alimentar.

O projeto surgiu após missão na Espanha há duas semanas. A partir daí, ficou decidico implantar o sistema de forma experimental nos três estados, sendo desenvolvido na Paraíba e Ceará conjuntamente com a Embrapa local. A proposta é identificar pelo menos quatro mil cabeças de ovinos e caprinos. Mas, o projeto só será adotado nos rebanhos potiguares numa segunda etapa, conforme informou o gestor do projeto Aprisco do Sebrae-RN, Vamberto Torres.

A indicação eletrônica de ovinos e caprinos foi apresentada pelo pesquisador da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), doutor Daniel Benitez, no último domingo dia 9, no Workshop da Ovinocaprinocultura, promovido pelo Sebrae-RN na Festa do Boi, evento que segue até o dia 15. "O registro eletrônico promove segurança e permite a rastreabilidade, que é imprescindível para a sustentabilidade do setor", defende o pesquisador.

Na avaliação de Daniel Benitez, as tradicionais tatuagens nos animais dão margens para leituras diferentes e, por isso, é o método menos confiável, o que não acontece com a indicação eletrônica. "A tinta pode sair ou borrar. Essa confusão de leitura pode gerar prejuízos incalculáveis. Infelizmente, não há mais espaço para tratar os animais como se fossem todos iguais", alerta.

Com o chip, as informações chegam à associação de criadores e frigoríficos em menos de três segundos sem riscos de leitura errada. Isso permite automatizar o manejo e indicar com precisão o rebanho, além de ajudar no controle reprodutivo, sanitário e genético dos animais. De acordo com o pesquisador, um dos benefícios para o produtor está relacionado à qualidade e profissionalização dos custos de produção. "Não há mais espaço para animais improdutivos. É primordial saber qual a produtividade de cada um no rebanho".

Vantagens
Para os revendedores, a vantagem é saber de onde vêm os lotes dos produtos. Esse rastreamento aumenta a segurança alimentar por parte dos consumidores, aumentando a confiança no produto. A adoção do sistema de Indicação Eletrônica também permitirá a instituição de uma portaria de qualificação da carcaça de ovinos e caprinos após o abate.

Ao contrário do que parece, esse sistema de rastreamento é indicado a produtores de micro e pequeno porte. Os identificadores custam R$ 2,20 cada e são fabricados com números para que só possam ser usados novamente após 500 anos. Na Espanha, onde quase 16 milhões de cabeças de ovinos e caprinos têm identificação, o modelo é adotado por pequenos produtores.

 

Fonte: Agência Sebrae RN


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