70% da farinha consumida na Grande Natal vem de outros estados

E para discutir esse impasse, será realizada amanhã, na Câmara de Vereadores de Vera Cruz, a Rodada de Negócios de Mandiocultura.

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O Rio Grande do Norte produz mensalmente mais de 600 toneladas de farinha de mandioca, no entanto, os pequenos produtores ainda têm dificuldade de canalizar toda a essa produção para o mercado local.

Dados levantados pelo Sebrae-RN indicam que apenas 30% do que é consumido na Região Metropolitana de Natal é originário de unidades produtoras instaladas no Rio Grande do Norte. A maior parte da farinha comercializada em redes do varejo e que chega à mesa das famílias potiguares é produzida em outros estados.

Para minimizar esse quadro, ampliar a participação dos produtores no mercado e fomentar novos negócios na cadeia produtiva, será realizada amanhã (23) a Rodada de Negócios da Mandiocultura. Considerada um dos instrumentos de mercado mais eficazes para a promoção de negócios, usando a dinâmica de encontros empresariais entre empresas com interesses complementares, a rodada vai reunir as agroindústrias de farinha das empresas revendedoras. O encontro acontece na Câmara de Vereadores de Vera Cruz, no horário entre 14h e 17h.

"Queremos aproximar os produtores de farinha e suas unidades, que são contempladas com as ações do Sebrae, dos principais grupos compradores para ampliar as vendas. Esses produtores têm todas as condições necessárias para atender às demandas internas de consumo", enfatiza o gestor do APL da Mandiocultura do Sebrae-RN, Fernando José Medeiros.

Participam da Rodada de Negócios da Mandiocultura nove unidades produtoras, como ofertantes, e seis empresas âncoras. Entre elas, o Makro Atacadista e a maior rede de supermercados do Rio Grande do Norte, o Nordestão. Além disso, restaurantes e estabelecimentos comerciais, como o restaurante Farofa D'Água, Churrascaria Pantanal, Paladar Sertanejo e Cantinho Sertanejo.

Entre os atrativos do encontro para essas empresas é que conseguem identificar novos fornecedores, com um menor custo e melhor logística, para a distribuição e compra de produtos, melhorando seu desempenho e participação no mercado. Segundo Fernando José, a vantagem é que as âncoras poderão identificar novos fornecedores, compradores ou parceiros para novos negócios.

Participam como empresas ofertantes a Farinha Pai e Filhos, Farinha Agreste, Farinha Cobé, Farinha de Mandioca Vera Cruz, Farinha de Mandioca Valdemiro, Farinha dos Anjos, Farinha Santa Luzia, Farinha Santo Expedito e Goma Macedo. A maioria dessas empresas está concentrada na região Agreste, sobretudo nos municípios de Vera Cruz e Macaíba, área considerada o maior pólo potiguar de produção de farinha mandioca.

Fonte: Agência Sebrae RN