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04/01/2012 09h07

Aumento do mínimo deve ser usado para quitar dívidas, alerta especialistas

Se o comportamento de quitar dívidas for generalizado, haverá um grande benefício para a economia: cairão os juros ao consumidor.

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O aumento de R$ 77 no salário mínimo (ganho real de 9,2%) deve levar muitos trabalhadores a colocar em dia as prestações, zerar empréstimos e recuperar o crédito. Essa decisão irá favorecer a diminuição geral da inadimplência que em 2011 alcançou 7,3% dos empréstimos. Se o comportamento for generalizado, haverá um grande benefício para a economia: cairão os juros ao consumidor, destacam especialistas.

De acordo com o economista Carlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian, com o pagamento das dívidas, haverá uma diminuição da pressão sobre os juros e em abril, um ambiente de taxas menores para o consumidor. "A visão do mercado é que a inadimplência já está chegando no topo", pondera.

Ele não descarta, entretanto, a possibilidade do alto endividamento se perpetuar junto a consumidores de baixa renda. A preocupação é que "embora a inadimplência aconteça em todas as classes de renda, a classe mais baixa, que tomou mais crédito, é a que acaba tendo mais dificuldades para honrar suas dívidas". Se o padrão for mantido, o mercado financeiro tende a cobrar "prêmio maior" (juros mais altos) em função de riscos maiores.

Para o especialista em educação financeira Álvaro Modernell, o aumento do mínimo deveria ser aproveitado para quitar dívidas e fazer poupança. Em sua opinião, falta orientação do governo nesse sentido e as pessoas deveriam ser estimuladas a poupar seis a dez meses por ano e, assim, "criar vacinas ao endividamento". Ele avalia que a oferta de crédito dá poder de barganha, mas o dinheiro poupado favorece o consumidor na negociação. "Além das condições de pagamento, ele negocia preço", salienta.

Na opinião do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., "quase 100% do aumento vai para o consumo". Segundo ele, os consumidores de baixa renda "vão pagar uma continha que ficou para trás", mas irão gastar o aumento no comércio - especialmente com alimentos, roupas, calçados e com bens duráveis (eletrodomésticos como geladeiras e móveis).

Pellizzaro Jr. prevê que, no próximo mês, o consumo no varejo cresça entre 4% e 4,5%, incluindo os gastos com papelarias por causa do retorno às aulas, devido ao novo mínimo.

 

Fonte: Agência Brasil


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