Vendas de produtos com IPI reduzido ainda é menor que em 2009

Consumidor precisa de tempo para se programar, diz gerente de loja

Por: Marcelo Lima

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As compras de produtos da linha branca, que tiveram redução ou isenção do Imposto sobre Produtos Industrializado (IPI), ainda não despertou muito interesse no consumidor quanto no período de desoneração ocorrido em 2009.

Apesar disso, no último mês houve uma melhora sensível nas vendas em relação ao período de cobrança normal do IPI. Essa é a análise que faz o gerente de uma loja de eletrodomésticos da cidade, Klayton Rufino da Silva.

O percentual de reduções e as isenções do IPI de 2009 foram os mesmos que o anunciado pelo governo no início de dezembro do ano passado. Os fogões e tanquinhos tiveram isenção total do IPI. As geladeiras tiveram uma redução de 15% para 5%. As máquinas de lavar também tiveram uma redução de 10% do imposto – caiu de 20% para 10%.

Segundo ele, o movimento de compras ainda não está forte, porque em 2009 os clientes puderam planejar as compras desses produtos com mais tempo. Naquele ano, o governo iniciou a desoneração em abril e prorrogou por três vezes, cada uma delas pelo período de três meses. “Os clientes tiveram mais tempo para se programar e comprar um produto da linha branca. A linha branca não é tão fácil de adquirir, o consumidor tem que se programar”, comentou o gerente, que tem como público-alvo as classes C e D.

Além da desoneração oferecida pelo governo, a loja que Kleyton gerencia aproveita o momento de incentivo ao consumo para aplicar promoções mais agressivas em algumas mercadorias. “O desconto é repassado totalmente para o consumidor”, acrescentou. Os produtos da linha branca mais vendidos até agora são os fogões e refrigeradores, conforme o gerente. Um fogão popular ao preço de R$ 270 pode chegar a R$ 230.

No entanto, um refrigerador popular que custava R$ 750 pode ser comprado até por R$ 680, redução que não representa a desoneração de 10% do IPI repassado pelo governo.