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12/01/2012 11h40

Automóveis e construção puxam para baixo desempenho do comércio potiguar

No chamado “Comércio Varejista” o incremento do RN no mês foi de 8%.

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Dois dos mais importantes segmentos da economia foram os responsáveis por uma verdadeira ducha de água fria nos números do comércio do Rio Grande do Norte em novembro, divulgados na manhã desta quinta-feira, 12, pelo IBGE.

Segundo o instituto, as vendas do chamado "Comércio Varejista Ampliado" - que inclui os setores de materiais de construção e automóveis - registraram, no mês, alta de apenas 1,9%, fazendo a média de incremento do ano cair dos 6,47% que vinha registrando até outubro, para 5,7%. Tomando-se apenas o chamado "Comércio Varejista" o incremento do RN no mês foi de 8%, o que aponta que os dois setores que compoem o ampliado registraram, sozinhos, retração de 6,1% nas vendas.

Os números do Rio Grande do Norte não ficaram muito distantes das medias nacionais. No caso do "Varejista Ampliado", o percentual nacional ficou em 3,2% e no "Varejista" a média Brasil ficou em 6,8%, abaixo do número potiguar.

O economista chefe do IBGE em Natal, Aldemir Freire, explica que, além das retrações registradas pelos dois setores específicos, o número do Varejista Ampliado sofreu impacto ainda de uma outra peculiaridade. "A base de comparação é muito alta. Em novembro de 2010, o Varejista Ampliado potiguar emplacou uma alta de 16,7%. Foi o segundo melhor desempenho do ano. Por isso, mesmo um crescimento baixo precisa ser encarado como indicador de um bom desempenho do comércio", afirma ele.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado, Marcelo Fernandes de Queiroz, concorda com a avaliação do economista e vai mais além. "Os números não podem ser analisados em separado. Eles fazem parte de um contexto. Os 8% do Comércio Varejista, um número muito bom, mostram que o dado final, no caso do Varejista Ampliado, é fruto de uma situação bastante pontual destes dois importantes segmentos. Nós já vínhamos percebendo isso. Em alguns casos, lojas de materiais de construção chegam a registrar retração de vendas em 2011 na casa dos 7% ou 8%. Já o setor de automóveis vive, naturalmente, há alguns meses, um período de cautela. São setores que ficam na linha de frente quando o momento é de incertezas. Ninguém deixa de comprar comida, mas adia a troca do carro ou a reforma da casa, sem dúvida", afirma Queiroz.

Mesmo com o número abaixo do que era esperado (a Fecomercio apostava em uma alta próxima dos 7% para novembro) Marcelo Queiroz faz questão de ressaltar que não há motivos para desânimo. "Há alguns meses venho falando em desacelaração. Estamos crescendo menos, mas crescendo e é isso o que importa. Continuamos abrindo muitos empregos - só até novembro foram mais de 11 mil apenas no setor de Comércio e Serviços - e trabalhando para que a retomada do ritmo maior de crescimento, que experimentamos até junho deste ano, aconteça o mais breve possível".

Sobre a expectativa de fechamento do ano, Queiroz afirma que diante do número de novembro, ela precisa ser revista. "Vinhamos falando em 7% a 8%, mas para isso teríamos que registrar em novembro e dezembro crescimentos acima dos 8%. Como em dezembro devemos emplacar algo em torno dos 6%, acredito que fechar 2011 com alta na casa dos 5,5% nas vendas seja, hoje, algo mais palpável. Mas, é sempre bom lembrar, que qualquer crescimento que registrarmos estará se dando sobre uma alta de mais de 12% que emplacamos em 2010", diz o empresário.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa


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