Exportações de pescado do crescem 83,4% no RN em 2011Valor das exportações no setor ainda não supera resultados da década passada |
Por: Marcelo Lima
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As exportações de pescado do Estado cresceram 83,4% em 2011 se comparado com 2010. O valor das exportações chegou a U$ 17,9 milhões, frente aos U$ 9,8 milhões do ano anterior. Esses são dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte (Sedec).
O Japão foi o destaque entre os países compradores, subiu várias posições no ranking de maiores destino do pescado do Estado (foi para oitavo lugar). Em 2010, foram apenas U$ 273,1 mil de frutos do mar vendidos para a terra do sol nascente. No ano passado, o valor das vendas subiu para U$ 10,5 milhões.
“Esse ingresso foi significativo, mas longe do que a gente chegou em 2004 e 2005, quando o valor comercializado chegou a U$ 100 milhões”, comparou Alberto Cortez, professor de Economia da UFRN, especializado em aquicultura. As exportações de pescado nesse período eram fortemente impulsionadas pelo camarão.
Para o professor, o salto nas vendas em 2011 se deu principalmente pela join venture entre a empresa natalense Atlântico Tuna e a Japan Tuna. “Acredito que em 2012, o desempenho será ainda melhor porque o negócio vai estará consolidado”, avaliou. Um dos fatores que vai contribuir para essa consolidação é a mão-de-obra brasileira completamente treinada.
Ainda falta um Terminal Pesqueiro
Com as obras paralisadas, o Terminal Pesqueiro Público de Natal poderia melhorar ainda mais o cenário do setor. “Daria mais impulso porque é natural que, ao saber que tem um terminal pesqueiro no Rio Grande do Norte, outras frotas do Brasil venham para cá”, comentou o economista.
Entre outras razões, o terminal ainda não começou a funcionar por falta de uma via de escoamento da produção, que inicialmente seria um viaduto. A emenda do deputado federal João Maia (PR) ao Orçamento Geral da União (OGU) não foi liberada pelo o governo Federal no ano passado. O governo do Estado também não tem dinheiro para a obra.
Na opinião do professor, o escoamento da produção poderia ser feito pelas vias já existentes. “O terminal tem entrada e tem saída, sim. Resta aos poderes públicos restaurar as vias que já existem”, completou.
