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21/03/2012 08h46

Empregos com carteira assinada no RN apresenta saldo negativo

O volume de cortes de vagas no estado ficou acima da média histórica dos últimos 12 anos.

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O Rio Grande do Norte voltou a apresentar saldo negativo no emprego com carteira assinada. Depois de eliminar 784 vagas em janeiro, no mês de fevereiro foram desfeitos mais 2.212 vínculos de trabalho, com queda de 0,56% no estoque de trabalhadores. Tendência semelhante ocorreu no conjunto da região Nordeste, que cortou 9.610 empregos no mês passado e recuo relativo de 0,16%. Fatores sazonais explicam a tendência. Em contrapartida, o saldo foi positivo no Brasil, com crescimento de 0,40%.

O volume de cortes de vagas no estado ficou acima da média histórica dos últimos 12 anos, correspondente a 1.675 vínculos desfeitos em meses de fevereiro. Em termos relativos, o balanço mensal potiguar foi o segundo pior do Brasil, se consideramos que Alagoas e Paraíba empataram em primeiro lugar, com diminuição equivalente a 0,89% de seus respectivos estoques de empregados, contra os 0,56% do estado.

Em termos de grandes setores, apenas a categoria Comércio e Serviços apresentou balanço positivo no mês, equivalente a 218 vagas. Mas dentro desta, apenas nos Serviços, especificamente, as admissões superaram os desligamentos, gerando 314 empregos, graças ao desempenho positivo das atividades de ensino, do turismo e dos serviços médicos e odontológicos.

Por outro lado, mais uma vez o pior resultado coube à Indústria, que, em conjunto, perdeu 1.472 empregos. Ressalte-se, no entanto, que a Agropecuária e o Comércio (varejista e atacadista) também apresentaram saldos negativos de 958 e 94 vagas respectivamente. Nos três casos, fatores sazonais explicam o comportamento desfavorável do emprego, a saber, fim da safra sucroalcooleira e a do melão, e influência desfavorável do carnaval sobre o comércio de mercadorias.

Dentro do setor industrial, os cortes ficaram bastante concentrados no agrupamento de Químicos, Farmacêuticos e Veterinários, dentro do qual está a produção de álcool, que encerrou 1.322 postos de trabalho (-19,13%), em virtude do fim da moagem da cana-de-açúcar. Porém, a cadeia de Têxteis/Confecções continuou demitindo em fevereiro, com perda líquida de 112 vagas (-0,79%), seguido da indústria Extrativa Mineral, que eliminou 14 empregos (0,03%).

Mas os subsetores industriais com balanço positivo apresentaram volumes bastante reduzidos de vagas abertas. A Construção Civil ainda não retomou o ritmo esperado de atividade e criou apenas 14 vagas no mês (0,03%). Destaques maiores, ainda que modestos, foram verificados nos Serviços Industriais de Utilidade Pública, que criaram 50 vagas, seguido da indústria Editorial e Gráfica, que apresentou saldo de 18 vagas.

No balanço do bimestre, tem-se uma perda de 2.907 empregos com carteira assinada no Rio Grande do Norte, o equivalente a 0,74% do estoque total de empregados existentes no primeiro dia de janeiro. O balanço da indústria foi negativo em 1.850 postos de trabalho, com corte de 1,4% do seu contingente de empregados. Ressalte-se que, nesta mesma base de referência, tanto o Nordeste quanto o conjunto do País apresentaram balanços positivos.

Com o balanço até fevereiro, o número estimado de empregados com carteira no Rio Grande do Norte corresponde a 575.026 pessoas, das quais, 128.171 em atividades industriais (22%), segundo detalhamento na tabela anexa.

 

Fonte: Fiern


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