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19/07/2012 08h39

Confiança do empresário na economia tem menor índice desde abril de 2009

Na avaliação das condições atuais, o índice ficou em 44 pontos, contra 46,9 pontos em junho.

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A confiança do empresário da indústria atingiu, em julho, o menor patamar desde abril de 2009, no pico dos efeitos da crise internacional provocada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 53,3 pontos, um recuo de 2,8 pontos ante junho - a maior queda em pontos desde julho de 2010 - e de 4,5 pontos na comparação com igual mês do ano passado. Os indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam condição melhor ou expectativa otimista e abaixo, falta de confiança.

O ICEI detecta a confiança dos industriais em relação às condições atuais da economia e da empresa e as expectativas para os próximos seis meses. Na avaliação das condições atuais, o índice ficou em 44 pontos, contra 46,9 pontos em junho. Por atividade, cinco setores, entre os quais veículos automotores, plásticos e máquinas e equipamentos, mostraram falta de confiança. "A retração na confiança é reflexo do ritmo de queda da produção industrial", avaliou o economista da CNI Marcelo de Ávila.

Segundo Marcelo, a pesquisa tem mostrado que os indicadores do cenário atual da economia estão tendo uma avaliação cada vez pior pelos industriais. "Os indicadores das condições atuais, tanto em relação à própria empresa quanto em relação à economia brasileira, estão caindo mês a mês e já estão na faixa do pessimismo, abaixo dos 50 pontos", afirmou.

No indicador das condições atuais, todos os 35 setores pesquisados (três da indústria da construção, quatro da indústria extrativa e 28 da indústria de transformação) registraram índices abaixo de 50 pontos. Especificamente sobre a presente situação da economia o indicador assinalou em julho 40,5 pontos, ou seja, foi fortemente negativo. O indicador que reflete o momento da empresa ficou um pouco melhor, mas ainda na faixa do pessimismo, aquém dos 50 pontos, em 45,8 pontos.

Marcelo de Ávila previu que, uma vez que o mercado interno não tem a mesma força de reação de dois anos atrás e as exportações não estão aumentando no ritmo desejado, apesar da melhora do câmbio, será difícil haver uma recuperação da confiança nos próximos meses.

O indicador de expectativas também apresentou recuo em julho. Ainda que esteja bem acima dos 50 pontos, demonstrando que o empresário se mantém otimista para os próximos seis meses, o índice, que em julho ficou em 58 pontos, é o menor desde abril de 2009, quando registrou 57 pontos. O ICEI foi calculado a partir de 2.383 questionários respondidos por 849 pequenas empresas, 937 médias e 597 grandes, entre os dias 2 e 13 de julho.

 

Fonte: Assessoria Fiern


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