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13/09/2012 09h40 - Atualizado em 13/09/2012 09h48

"Ainda é cedo para avaliar o impacto da redução das tarifas de energia" diz Amaro Sales

A queda de 28% na tarifa de energia poderá reduzir em até 4% o custo fixo de produção da indústria brasileira

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O presidente da Federação das Indústrias do RN (FIERN), Amaro Sales, afirmou que é cedo para uma avaliação precisa sobre o impacto da medida de redução das tarifas de energia elétrica, anunciada pelo Governo Federal. "Tudo o que se sabe é que alguns os produtos poderão ficar mais baratos a partir do ano que vem", disse o empresário, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte. Ele explicou que ainda não é possível precisar os valores dessa redução.

O repasse da queda na tarifa, de acordo com Amaro Sales, dependerá do peso da conta de energia nos custos de produção. "Essa não é uma pergunta que pode ser respondida pelo governo ou por qualquer entidade. Cada indústria terá que fazer sua conta", disse João Lima, presidente do Sindicato da Indústria Têxtil no RN.

A redução, na avaliação de entidades empresariais, também poderia ser maior. "Segundo estudos das Federações das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e de São Paulo, o custo da energia elétrica para a indústria poderia ser reduzido em até 50%", disse o dirigente sindical.

Segundo João Lima, que dirige uma das maiores unidades têxteis do estado, "temos a quarta energia mais cara do mundo". A conclusão é de um estudo elaborado pela Firjan. "Ficamos atrás apenas da Itália, Turquia e República Tcheca, num estudo que considerou 27 países", completa.

Lima não é o único que pensa desta forma. Em entrevista à Folha de São Paulo, no ano passado, logo após a publicação do levantamento, o coordenador Industrial e Investimentos da Federação, Cristiano Prado, defendeu que "qualquer discussão que não considere uma redução mínima de 35% do custo de geração, distribuição e transmissão de energia, nos colocará fora do jogo da competitividade mundial".

Apesar dessas dificuldades para precisas as implicações da medida, a queda de 28% na tarifa de energia poderá reduzir em até 4% o custo fixo de produção da indústria brasileira, segundo análise da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A diminuição dos custos deve ser repassada para o consumidor final, segundo Robson. "Estamos mostrando para as empresas a importância de que isso seja repassado para a população para que traga benefício para a sociedade e para que o produto brasileiro participe mais do mercado de consumo brasileiro".

A energia é insumo fundamental para a indústria. Atualmente, do custo médio total da tarifa de energia elétrica, cerca de 45% são referentes a encargos, taxas e tributos. O Brasil paga 143% a mais pela energia do que os outros países que compõem os BRICs (Rússia, Índia e China). "Estamos iniciando no Brasil um processo de desonerações, mostrando que é possível desonerar em todos os setores, em todas as áreas", afirma Robson Braga, presidente da CNI.

 


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