Segundo estudo feito pela Federação do Comércio de São Paulo, a pedido da Folha de S. Paulo, o brasileiro captou mais de R$ 1 trihão em financiamentos (R$ 1.620.000.000) em 2012. Por aí se tem uma ideia do tamanho desse mercado, que é o mercado de financiamentos de uma maneira geral. Desse montante, R$ 233 bilhões foram juros. Esta é a média, tomando as várias modalidades de crédito disponíveis, e claro, os vários perfis de consumidores
O estudo fez algumas simulações. Por exemplo: uma pessoa que tenha um salário líquido de R$ 5mil, e que precisou parcelar uma dívida de R$ 1mil, em 12x no cartão de crédito, que era uma das modalidades mais caras de crédito, trabalhou 11 dias no ano passado apenas para pagar os juros.Já é um número que assusta. Mas, as pessoas com rendas menores estão em uma situação ainda pior. No caso da simulação feita para quem tem um salário líquido de R$810 por mês e precisou pegar aqueles mesmo R$ 1mil no cheque especial, e parcelou isso em 12x – lembrando, o cheque especial é a pior modalidade de crédito, é a que custa mais, e tem aí uma média de 150,98% ao ano de juros – trabalhou no ano passado 52,5 dias, quase dois meses, apenas para pagar os juros desta dívida.
Então fica o recado: quem precisar pegar crédito especial, lembrar sempre que o mais barato é o crédito consignado, aquele com desconto em folha. O segundo mais barato é o crédito pessoal direto. Cartão de crédito é o terceiro; o segundo mais caro. E o mais caro, que a gente tem que fugir sempre que possível, é o cheque especial que tem mais de 150% ao ano de juros.