O volume de poupança que um país tem é um número emblemático para qualquer economia. No Brasil, o número de famílias que estão poupando atingiu o recorde no mês de outubro, com o índice de 19,1%, ou seja, uma em cada cinco famílias tem algum dinheiro guardado; esse percentual é 3,1 pontos maior do que foi registrado no mês de setembro, e o mais alto desde o início desse levantamento em 2006.
Na hora de poupar, 85,8% das famílias optam pela caderneta de poupança, a opção mais conservadora, mas que ainda é a mais segurança.
A maioria das famílias, 66%, afirmam guardar o dinheiro para alguma eventualidade. É o medo de gastar, sem saber o que vai acontecer nos próximos anos, ainda mais com tantos aumentos pipocando. Nesta quarta-feira, por exemplo, foi divulgado um aumento de até 15% sobre as mensalidades das escolas particulares e 6,6% de aumento no IPTU.
E a previsão é de mais reajustes nos próximos dias, como o aumento na energia elétrica e no combustível. Com tudo isso as famílias estão mais cautelosas.
Antigamente as famílias faziam uma poupança na expectativa de realizar algum sonho, mas esse perfil mudou: hoje apenas 8% das famílias que poupam estão com alguma meta de compra ou concretização de projeto em vista, a maioria está mesmo preocupada com o que vai acontecer nos próximos meses.