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29/01/2014 09h20

Ocupação de leitos em hotéis despenca em 2013

A redução do número de voos com destino a Natal e o consequente encarecimento das passagens aéreas fizeram a média de ocupação dos hotéis despencar

A redução do número de voos com destino a Natal e o consequente encarecimento das passagens aéreas fizeram a média de ocupação dos hotéis despencar em 2013. Segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Norte (ABIH/RN), a rede hoteleira fechou o ano com uma média de ocupação de 61% - o que significa que de cada dez leitos em hotéis, só seis foram ocupados ao longo do ano.

A taxa de ocupação é a menor registrada desde 2011 e mostra que quase 40% dos leitos em hotéis permaneceram ociosos no ano passado.

A projeção para janeiro não é alentadora. Os hotéis, segundo projeção da ABIH, devem encerrar este mês - plena alta temporada - com uma taxa de ocupação entre 65% e 70%, a menor registrada desde 2010. "O mês de dezembro não foi bom para os nossos dois hotéis. Fechamos o mês com uma taxa de ocupação de 71%, ou seja, 21% menos do que registramos em dezembro de 2012", confirmou George Gosson, diretor de marketing e vendas do Praia Mar Hotel e do Holiday Inn Express Natal, em Ponta Negra. O mês de janeiro para ele está melhor que o de dezembro.

Gosson não foi o único a se queixar dos números. Luís Sérgio Barreto, diretor do hotel Vila do Mar, na Via Costeira, também registrou um resultado aquém do esperado. "Nossa taxa em dezembro só não foi menor, porque fechamos uma negociação com a Gol e conseguimos hospedar parte de sua tripulação. Isso foi fruto de uma negociação nossa para garantir uma boa taxa de ocupação".

Barreto reconhece que Natal tem uma grande oferta de leitos - são 28 mil atualmente - e que o número de pessoas que tem desembarcado na capital não tem sido suficiente para ocupar todos os hotéis da cidade. "Precisamos ter uma atitude, divulgar mais o estado ou reduzir a carga tributária que incide sobre o querosene de aviação, para atrair mais voos. Precisamos procurar alternativas para aumentar o número de turistas na cidade", afirmou. A mesma posição é defendida por Habib Chalita, presidente da ABIH.

Barreto defende a concessão de incentivos para o setor no estado. "A hotelaria está precisando de incentivos. O novo aeroporto está precisando de incentivos. Sem incentivo, esse aeroporto acabará sendo um tiro na água", analisa.

Os hotéis não são os únicos afetados com a queda do número de voos e de passageiros em Natal. Outros setores já estão sendo atingidos. Segundo Max Fonseca, presidente da Associação dos Bares e Restaurantes no Rio Grande do Norte (Abrasel/RN), alguns estabelecimentos do setor chegaram a contratar menos temporários este ano, em virtude do baixo movimento, ocasionado também pelo encurtamento das férias. Devido a Copa, as aulas em boa parte das escolas começaram mais cedo.

"Teve um estabelecimento que, sozinho, contratou 30 pessoas para trabalhar entre o dia 27 de dezembro e 26 de janeiro, mas demitiu 16 logo no início de janeiro, porque o movimento estava muito fraco", exemplificou.

Matéria divulgada pela TRIBUNA DO NORTE no último dia 23 mostrou que Natal registrou em 2013 o menor fluxo de voos e passageiros dos últimos quatro anos. A capital foi a terceira que mais perdeu voos e a que registrou a segunda maior queda no número de passageiros em todo o Nordeste no ano passado, de acordo com relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

De acordo com o relatório, o Aeroporto Internacional Augusto Severo perdeu 3.088 voos, entre nacionais e internacionais, e quase 290 mil passageiros em apenas um ano. Só Salvador e Aracaju perderam mais voos que Natal no ano passado.

ABIH defende preços livres
Não é só a queda do número de voos e passageiros que vem preocupando os hoteleiros. O setor também está preocupado com a postura adotada pelo governo federal, que tem exigido explicações dos hotéis e determinado que cobrem preços ‘aceitáveis' durante a Copa. Em entrevista concedida na última segunda-feira (27) a rádio Bandeirantes e ao portal UOL, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH nacional), Enrico Fermi, afirmou que a Embratur está equivocada ao criticar os preços cobrados pelos hotéis para o período da Copa. Segundo ele, as tarifas de 840 estabelecimentos teriam sido definidas ainda em 2007 com a anuência dos órgãos de controle do governo federal.

Ele reconhece que abusos eventuais tem ocorrido, mas afirma que os estabelecimentos são livres para cobrar o preço que julgam adequado, na entrevista concedida à rádio Bandeirantes. A entrevista foi dada momentos depois de a Embratur notificar vários hotéis no país e afirmar que o preço dos pacotes vendidos no exterior pela operadora contratada pela Fifa estaria acima do aceitável.

 

Fonte: Tribuna do Norte


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