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21/06/2010 17h32 - Atualizado em 21/06/2010 17h32

Exportações de mel do RN acumulam queda de 47,24 % em volume de vendas

O mel produzido no Rio Grande do Norte mais uma vez apresenta queda no mercado das exportações. Tanto nas vendas quanto no volume de quilos comercializados em maio o estado se manteve em baixa, o que acumulou diminuição de 47,24% e 51,18%, nos respectivos índices durante os primeiros cinco meses de 2010. Os fatores impulsionam também o encarecimento do quilo do mel, que passou de U$ 2,26 para U$ 2,45 nos últimos 12 meses.

A queda acompanhou uma tendência naiconal. Em maio a receita de exportações recuou 32% em maio desse ano na comparação com abril, fechando o mês com US$ 4,12 milhões em vendas e volume de 1,43 mil toneladas. É o segundo recuou ano, já que em abril a diminuição foi de 12,4% em relação a março. Neste mês, o RN foi em quinto lugar nas exportações em nível nacional, atrás de São Paulo, Piauí, Ceará e Santa Catarina.

O RN fechou o apanhado entre janeiro e maio de 2010 com U$ 972,4 mil em vendas e 397,5 quilos comercializados, contra U$ 1,8 milhões e 814,156 quilos em comparação com o mesmo período do ano passado. O gestor dos projetos de apicultura do Sebrae/RN, Valdemar Belchior, aponta como fator determinante para a queda a escassez de chuvas, que vem comprometendo a produção não só no estado como em todo o Nordeste.

Valdemar Belchior conta que a persistência da falta de chuvas no Oeste, principal região produtora do estado, pode implicar em uma queda de 40% a 50% no volume de vendas e quilos comercializados no fim do ano. De acordo com Belchior, os municípios de Serra do Mel, Baraúna, Apodi e Severiano Melo são os principais pólos produtores do Rio Grande do Norte, e precisam da ajuda do clima para alavancar a produção do estado, que chegou a 2.200 toneladas em 2009.

O problema da falta do produto tem sido responsável direto pelo encarecimento do mel. “Uma lata com 25 quilos de mel podia ser comprada pelo valor de R$ 75 a R$ 80. Hoje chega a R$100”, revela Valdemar Belchior. O gestor de apicultura do estado considera a alta do preço prejudicial principalmente para os entrepostos, que compram mel dos produtores para comercializarem depois.

Segundo Belchior os contratos de compra são fechados no começo do ano e a falta do produto, além da alta no preço, acaba comprometendo a expectativa dos exportadores. Para o gestor de aqüicultura do Sebrae/RN os apicultoires terão de segurar o que já tem produzido para manter as vendas durante o ano.

Mesmo com a alta no valor do mel potiguar em relação a 2009, o RN está entre os estados com o preço abaixo da média nacional, de U$ 2,88 por quilo. Quatro Estados obtiveram preços acima da média: Minas Gerais (US$ 64,55/kg), Paraná (US$ 3,16/kg); Santa Catarina (US$ 3,08/kg); e Ceará (US$ 3,03/kg). Os quatro menores preços foram os negociados por São Paulo (US$ 2,83/kg); Piauí (US$ 2,82/kg); Rio Grande do Sul (US$ 2,81/kg); e Rio Grande do Norte (US$ 2,44/kg).


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