FamÃlias gastam mais com carnes, vÃsceras e pescados na alimentação, diz IBGE |
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/09, divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que, entre os gastos das famílias de todas as regiões do país com alimentação, o grupo de alimentos Carnes, Vísceras e Pescados lidera as despesas, tanto no meio do país (21,9%), quanto nas áreas urbana (21,3%) e rural (25,2%).
Logo em seguida, na área urbana, vêm Leites e derivados, com 11,9%, Panificados, com 11,0% e Bebidas e Infusões, com 10,0%. Na área rural, em segundo lugar vêm Cereais, leguminosas e oleaginosas, com 13,1%, Leites e derivados, com 8,7% e Aves e ovos, que registraram 8,5%.
Desde 2002, o percentual de gastos das famílias com carnes, vísceras e pescados cresceu de 18,3% para 21,9% no total de gastos com alimentação no domicílio, enquanto o de leite e derivados caiu de 11,9% para 11,5%, bem como o de panificados, que passou de 10,9% para 10,4%.
Caíram também os gastos com cereais, leguminosas e oleaginosas (10,4% para 8,0%); açúcares e derivados (5,9% para 4,6%) e aves e ovos (7,1% para 6,9%). Cresceram os gastos com frutas (4,2% para 4,6%) e bebidas e infusões (8,5% para 9,7%).
A pesquisa revelou também que as famílias brasileiras estão gastando bem mais com alimentação fora de casa do que gastava na última edição da pesquisa em 2002. O percentual das despesas com alimentação fora de casa, no total das despesas das famílias, cresceu de 24,1% para 31,1%, nesse período, ou seja, já representa quase um terço dos gastos com alimentos.
Na área urbana, passou de 25,7% para 33,1%, e na área rural de 13,1% para 17,5%. Em reais, a despesa com alimentação na área urbana em 2008-2009 foi 145,5% maior que o da área rural.
De acordo com a análise regional, o maior percentual com alimentação fora do domicílio ocorreu na Região Sudeste (37,2%), enquanto os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (21,4%) e Nordeste (23,5%).
A despesa média mensal familiar com alimentação foi de R$ 421,72, sendo R$ R$ 290,39 gastos com alimentação no domicílio e R$ 131,33, na alimentação fora do domicílio. Nas famílias com rendimentos mais altos (acima de R$ 10.375,00), a proporção da despesa com alimentação fora do domicílio (49,3%) é praticamente igual à despesa com alimentação no domicílio (50,7%).












