Feira do Milho: Comerciantes e produtores esperam melhora nas vendas |
Na véspera do Dia de São João, comemorado nesta quinta-feira (24), a Feira do Milho da Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa/RN) segue atraindo consumidores ao pátio do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar. Até terça foram mais de 300 toneladas vendidas, quase um milhão de espigas, número que deve aumentar até 30 de junho, dia de encerramento do evento.
Com uma oferta alta em 2010, o preço da mão de milho (50 espigas) caiu em relação ao ano passado, o que agradou consumidores, mas nem tanto comerciantes e produtores. Na barraca do comerciante José Inácio Sobrinho a mão de milho variava entre R$20 e R$25 dependendo da qualidade do produto, porém podia ser encontrada nesta quarta-feira (23) por até R$ 15.
Natural do município de São José, o comerciante produz milho apenas para consumo da família e compareceu à feira com a intenção de comprar o produto para revendê-lo no local. José Inácio investiu R$ 8.000 e considerou que as vendas ainda estão razoáveis em relação ao rendimento do ano passado. Sobre sua expectativa de lucro, o comerciante é franco: “isso a gente só sabe no final da batalha”.
Além de comerciantes e produtores do estado, a Feira do Milho também atrai pessoas de fora do RN, principalmente da vizinha Paraíba. O produtor paraibano José Luís Herculano trouxe quase um milhão de espigas, o que representou um investimento de R$ 100.000 em dinheiro segundo ele. No entanto a expectativa é de que o lucro seja menor que 2009.
“Ano passado o lucro foi de R$ 40.000. Neste ano a venda também está mais fraca, mas também boa, esperamos R$ 25.000” detalha Herculano. O produtor, que trabalha com o irmão em fazendas no município paraibano de Sapé e Touros, no RN, também tem mantido o preço da mão de milho entre R$ 20 e R$ 25.
Consumidor
Nesta quarta o movimento esteve bom no pátio da Central de Comercialização de Agricultura Familiar. O preço do milho neste ano tem agradado os consumidores que visitaram a feira, que aproveitaram o custo baixo para fazer as compras de São João. Com o movimento de carros e caminhões que chegavam para descarregar, o espaço restrito para estacionamento ficou congestionado em certos momentos.
A advogada paraibana Noara Vieira Alencar estava de passagem quando viu o movimento da feira e aproveitou para comprar. “Como boa paraibana vou passar o São João comendo milho”, brincou a advogada. Apesar de não ter o costume de comprar milho, a advogada achou o preço baixo “Vou levar 50 espigas por 20R$”, conta.
Há 15 anos morando em Natal, Noara disse sentir falta da regionalidade na capital potiguar durante o São João. “Aqui não se tem muito essa tradição. Em Campina Grande e João Pessoa vemos feiras muito maiores”, opina a advogada.












