Planejamento é fundamental no ramo de vestuário e uniformesA falta de mão de obra especializada para atuar no setor têxtil é uma das principais dificuldades inerentes à atividade |
A falta de mão de obra especializada para atuar no setor têxtil é uma das principais dificuldades inerentes à atividade não é de hoje. No entanto, as empresas de fardamentos e uniformes profissionais, assim como as demais unidades de confecção, podem superar essa dificuldade e conquistar um espaço no mercado se traçarem um plano estratégico para o negócio. Essa é a visão da consultora da Associação da Indústria Têxtil (Abit), Geni Ribeiro, que está em Natal, até esta quarta-feira (14), a convite do Sebrae no Rio Grande do Norte, prestando consultoria individualizada de adequação de produtos para novas empresas do ramo de uniformes, confecção e acessórios. A ação faz parte do programa Sebrae 2014.
"Vejo como um dos principais gargalos para as empresas de uniformes profissionais a falta de foco no negócio. Há uma dificuldade de concentrar os esforços no segmento ou num tipo de produto. Existe uma tentação entre fazer volume ou desenvolver um produto com mais valor agregado, que dá uma margem de lucro maior", avalia a consultora. E complementa: "Há uma dificuldade enorme dessas empresas se posicionarem". Para Geni Ribeiro, a solução é elaborar o planejamento estratégico do negócio e ir corrigindo o plano conforme os cenários.
Com larga experiência nessa área, Geni Ribeiro desenvolve conteúdos e ministra palestras e seminários no Brasil e no exterior sobre Processos Criativos de Moda e a Cadeia Produtiva Têxtil e da Moda, além de prestar consultoria de consultoria de marketing e de desenvolvimento de produtos, promoção comercial e projetos de exportação para empresas ou para pequenas marcas de moda.
Na capital potiguar, a especialista prestou orientação e deu dicas a dez empresas, atendidas pelo projeto setorial de Moda, Confecções e Uniformes Profissionais do Sebrae-RN, durante os últimos três dias. De acordo com Geni Ribeiro, nessa área de fardamentos, é preciso estar muito atento ao bem-estar e conforto do usuário, para que tenha orgulho de vestir o uniforme todos os dias. "Isso só se consegue com pesquisa, desenvolvimento de cores, uso de boas matérias-primas, tecidos de qualidade e modelagem. Se o uniforme veste bem e é moderno, o funcionário terá prazer em usá-lo".
Para ela, esse é o tipo de peça em que é fundamental respeitar as diferentes anatomias de quem vai vesti-lo. Os modelos clássicos de calças e saias, por exemplo, precisam ter opção de ganchos mais altos e mais baixos. "O uniforme precisa ser uma roupa que tende a deixar a pessoa bem vestida", reforça a consultora, que também desenvolve trabalhos de diagnóstico de produtos, coleções e maturidade de gestão em produto e design, para empresas brasileiras que pretendem entrar no mercado internacional.
Sobre o mercado para os negócios de fardamentos, a consultora o classifica como um segmento em ascensão que apresenta um leque de alternativas que podem ser aproveitadas por quem deseja investir nessa área. As oportunidades vão desde eventos corporativos, casamentos e demais festas, além de outros nichos, como roupas esportivas escolares e para academias de ginástica. "A tendência é que os eventos, inclusive os casamentos, tenham o staff todo devidamente uniformizado".
Fonte: Sebrae RN












