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25/06/2010 11h27 - Atualizado em 25/06/2010 11h27

Permanência do Brasil na Copa divide comércio

Venda de produtos relacionados ao mundial aumenta, mas setor junino reclama.

Com a classificação da seleção brasileira para as oitavas de final da Copa do Mundo 2010, é inegável o entusiasmo da população para ir às ruas e continuar torcendo pelo país. Porém, para alguns segmentos do comércio, toda esta euforia está custando caro.

Para aqueles setores que não trabalham com produtos relacionados com a Copa do Mundo, a falta de interesse da população por produtos que não carregam o verde e o amarelo, aliado ao fechamento das portas durante os jogos do Brasil (e em alguns casos, também após), as vendas têm sido reduzidas em até 30%.

Os produtos juninos este ano também não estão vendendo de acordo com o esperado. De acordo com o vice-presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), Francisco Derneval de Sá, a Copa fez com que muitas empresas substituíssem a decoração e o vestuário junino pelo tema esportivo, causando impacto nas vendas.

“Para quem não vende produtos para a Copa, o movimento está muito fraco neste mês de junho. Já fizemos até uma reunião para tratar o assunto, mas decidimos que não há muito o que fazer. Embora estejamos torcendo pelo Brasil, vamos esperar que a Copa do Mundo passe, para avaliar melhor o desempenho do comércio durante o período”, disse Derneval Sá.

Nos shoppings da cidade, a situação não é muito diferente. Segundo o presidente da Associação de Lojistas do Midway Mall (Alomid), Edmilson Teixeira, a freqüência no shopping caiu drasticamente desde o início da Copa da África do Sul e fechamento das lojas durante os jogos da seleção também tem se refletido nas vendas.

“Sem dúvida, a copa não está sendo muito positiva para o comércio do Midway Mall. Não dá pra precisar ainda o percentual, mas eu diria que o movimento caiu bastante. Claro, há sempre as exceções das lojas de eletroeletrônicos, com a venda de TVs; e de acessórios. Mas em geral, a situação não está muito boa”, disse Teixeira.

Porém, o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), Adelmo Freire, acredita que a permanência do Brasil da Copa tem sido mais benéfica para o comércio em geral, que o contrário.

“O processo de preparação para a Copa tem muito apelo ao consumo. As pessoas saem mais às ruas, estão mais animadas, dispostas a gastar, e vários setores do comércio definitivamente têm crescimento do faturamento durante o período. Até o setor informal está vendendo mais”, afirmou Adelmo.

A assistente de marketing do Praia Shopping, Cristiane Queiroga, concorda com a CDL. Segundo ela, desde o shopping passou a transmitir todos os jogos do mundial, com programação especial para os do Brasil, o movimento aumentou bastante, consequentemente aumentando as vendas.

“Nós só teremos certeza do número de vendas quando fecharmos o balanço do mês. Porém, os lojistas estão muito satisfeitos com as vendas do período, assim como do movimento do shopping. Sem dúvida, se o Brasil avançar na Copa, o movimento no Praia Shopping vai continuar aumentando”, revelou.


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