De 2007 para 2008, número de empresas industriais cresce 10,8%Segmento teve receita de R$ 1,8 trilhão. |
O número de empresas industriais no Brasil cresceu 10,8% na comparação entre 2007 e 2008, segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresa 2008, passando de 279.820 para 310.017. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa apontou que o segmento, que emprega cerca 7,9 milhões de pessoas, teve receita de R$ 1,8 trilhão. O valor da transformação industrial (VTI) o VTI foi de R$ 722 bilhões. Os gastos com pessoal ultrapassaram os R$ 225 bilhões contra os quase R$ 195 bilhões no ano anterior.
A pesquisa mostrou, ainda, que o tamanho médio das empresas diminuiu, passando de 27 pessoas ocupadas em 2007 para 25 em 2008. Isso porque o avanço no número de empresas foi maior que o de pessoal ocupado, este da ordem de 5,5%.
Já o crescimento numérico das empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas foi de 5,7% em relação a 2007, enquanto que, em termos de pessoal ocupado, o acréscimo foi de 4,9%. O VTI teve um aumento de 20,3% em relação ao ano anterior, o que se deve, em grande parte, ao setor de fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que contribuiu com 4 % para este crescimento. Em seguida, destacam-se as indústrias alimentícia e automobilística, ambas com 2,6 %, as indústrias extrativas com 2,1% e a metalurgia, com 1,7%. Juntos, estes setores representam cerca de 13%.
Em termos nominais, a receita líquida de vendas aumentou 17,3%, os gastos com pessoal, 16,1%, os custos diretos da produção, 17,5%, e os investimentos brutos realizados para o ativo imobilizado, 18,1%.
A venda de produtos e serviços permanece, em 2008, como a principal fonte de receitas das empresas industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas, englobando mais de 84% do total, embora tenha perdido 1,8% na comparação com 2007. Em contrapartida, a receita com revenda de mercadorias e prestação de serviços não industriais aumentou sua participação em 0,7 %, e as receitas das atividades não produtivas tiveram ganhos de 1,1%.
O consumo de matérias-primas permanece como o principal componente dos custos e despesas, atingindo 43,6% em 2008, mas tem perda de participação, já que, em 2007, representava 47%. A aquisição de mercadorias para revenda alcançou o patamar de R$ 93 bilhões em 2008, registrando aumento de 0,8 %.
Os custos diretos de produção tiveram uma participação de 7,2%, menor que em 2007, quando esta variável era de 7,6%. Isso se explica pela perda de participação do grupo pagamento de serviços prestados por terceiros e consumos diversos para manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, que passou de 4,9% em 2007 para 4,5% em 2008. Os demais custos e despesas representam 32,1%, mais que os 28,2% registrados em 2007.
*Fonte: IBGE.












