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11/08/2014 08h22

Táticas para driblar a inadimplência

Head de analytics do Serasa aponta táticas para varejista melhorar sua análise de crédito

Diante de uma desaceleração no ritmo de crescimento do varejo nacional desde 2011, estimada em 3,6% para este ano, o head de analytics do Serasa, Julio Guedes, apontou aspectos que podem auxiliar o varejista a elevar sua condição de crescimento ou mesmo minimizar a inadimplência.

Esta última, aliás, foi a principal dica de seu painel "O novo perfil do consumidor brasileiro: Comportamento, estilo e perspectivas no crédito, na inadimplência e na economia", no BR Week, maior evento de varejo da América Latina, realizado em São Paulo nos últimos dias 28, 29 e 30 de julho.

Ele pontua que apesar da inadimplência no primeiro trimestre de 2014 (8,7%) estar menor do que no mesmo período de 2012 (10,1%), ela já está superior à observada nos três primeiros meses de 2013 (6,7%). Diante disso, as dicas:

Informações - É necessário conhecer a renda e a capacidade de pagamento do cliente. Não adianta o que o consumidor preenche no cadastro. "Temos estudos que, ao comparar a renda declarada e a renda aferida pelo Serasa, a diferença discrimina crédito";

Melhoria de políticas e modelos - "Tenha uma plataforma que possibilite mais dinamismo, testes contínuos de como melhorar a análise dos consumidores de baixa renda, das diferenças regionais, de processos anti-fraude";

Novas fontes de dados - "Fundamental. Todos ouvem falar de big data. Você precisa saber sobre os dados de dentro da empresa e também os de fora e saber trabalhar essas informações".

Perfil dos consumidores que querem crédito

Segundo apuração do Serasa, dobrou o número de consumidores que ganham até um salário mínimo e estão procurando o varejo por meio do crédito. Esta faixa foi a responsável por 74% do crédito solicitado no segmento de eletromóveis; 66% em vestuário; 57% em construção e 34% em alimentação.

"O número de consumidores com renda de até um salário mínimo demandando crédito dobrou em três anos", conta Guedes.

Outro dado exibido pelo especialista: Em 2011, 22% da demanda por crédito vinha de jovens de até 25 anos. Em 2014, caiu para 18%. "Eles estão comprando menos por impulso, talvez por experiências não agradáveis".

O Serasa também evidenciou que a periferia jovem é o grupo com mais representatividade (28%) na demanda por crédito no varejo, atualmente. Da mesma forma, jovens do interior do Brasil (17,3%) e aspirantes sociais (11,4%) saltam na busca por crédito.

Será que nos temos todos os dados necessários para avaliar esse tipo de público?", reforça Guedes, puxando para a necessidade de melhores ferramentas de análise de crédito.

Guedes mostrou também que 77% dos solicitadores de crédito também buscam crédito em outras empresas. A análise vale para o período de 3 meses antes ou depois da consulta. Destes, 67% estão aderindo a bancos e cartões, 50% ao varejo, 35% telecom e 9% estão comprando também seguros.

"Isso significa que a minha inadimplência vai aumentar? Se você não estiver precavido na análise de crédito, você pode entrar no ciclo vicioso de retrair a venda com medo da inadimplência e acabar diminuindo as vendas sem a certeza de conseguir restabelecê-las".

 

Fonte: Portal no Varejo


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