Produção industrial se manteve estável em maioResultado interrompe sequência de resultados positivos iniciada em dezembro de 2009. |
A produção industrial brasileira no mês de maio manteve o mesmo patamar de abril, após ter interrompido uma sequência de resultados positivos iniciadas em dezembro do ano passado, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira (1º), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com maio de 2009, houve acréscimo de 14,8%. O indicador acumulado entre janeiro e maio deste ano registrou expansão 17,3%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, que ficou em 4,5%, foi o resultado mais elevado desde novembro de 2008, que fechou em 4,8%; e avançou 2,2% frente a abril (2,3%).
No mês de maio, 16 atividades apresentaram expansão da produção, e 11 registraram recuo. Dentre as taxas positivas, os principais impactos vieram de bebidas (+4,8%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (+6,1%), veículos automotores (+1,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (+5,7%), minerais não metálicos (+1,9%) e celulose e papel (+1,7%).
Por outro lado, as maiores pressões negativas decorreram de refino de petróleo e produção de álcool (-4,6%), influenciado por paralisações técnicas programadas em refinarias do setor; alimentos (-1,7%), após acumular crescimento de 8,3% nos últimos quatro meses; farmacêutica (-4,6%) e produtos de metal (-3,0%).

Ainda na comparação com abril, o setor de bens de capital (+1,2%) registrou maior ritmo de crescimento e aumentou a sequência de taxas positivas (14 meses), com expansão de 42,5% nesse período.
Os segmentos de bens intermediários e bens de consumo duráveis praticamente repetiram o patamar do mês anterior, ambos com variação positiva de 0,1%. Já o setor de bens de consumo semi e não duráveis, com queda de 0,9%, registrou recuo pelo segundo mês seguido – perda de 2,2% no período.
Na comparação com maio do ano passado, a alta de 14,8% representa sétimo resultado mensal positivo. Além de uma base de comparação retraída, efeito da crise internacional de fins de 2008, maio de 2010 teve um dia útil a mais que o mesmo mês do ano passado. Neste indicador, a maioria das 27 atividades pesquisadas registrou avanço na produção.
As atividades industriais com maior impacto sobre o índice global, por ordem de importância, foram: veículos automotores (+29,0%), máquinas e equipamentos (+39,1%), metalurgia básica (+29,5%), produtos de metal (+33,1%), indústrias extrativas (+15,7%), alimentos (+6,7%) e outros produtos químicos (+12,8%). Das quatro atividades com queda na comparação, farmacêutica (-4,5%) e fumo (-9,2%) foram as que mais pressionaram a média global negativamente.
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com maio de 2009, bens de capital obteve o crescimento mais elevado (+38,5%), sustentado pelos avanços na produção de todos os seus grupamentos, com exceção de bens de capital para energia elétrica (queda de 0,8%).
A categoria bens intermediários registrou alta de 15,8% frente a maio de 2009, influenciado positivamente pelo comportamento de todos os seus subsetores, com destaque para os produtos oriundos de metalurgia básica (+29,5%), indústrias extrativas (+15,7%), veículos automotores (+30,3%), outros produtos químicos (+12,7%), produtos de metal (+40,3%) e borracha e plástico (+23,1%).
Já a categoria bens de consumo semi e não duráveis (+5,1%) teve o acréscimo mais moderado entre as categorias de uso, com alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (+8,5%), semiduráveis (+14,4%) e outros não duráveis (+1,8%) gerando impactos positivos, impulsionados pelos itens cervejas, chope e refrigerantes, no primeiro subsetor; calçados de couro, no segundo; e medicamentos e revistas no terceiro. A única pressão negativa decorreu do grupamento de carburantes (-3,4%), em grande parte devido ao recuo na fabricação de gasolina.












