Participação potiguar no comércio internacional é tema de fórum no IFRN |
A economia e o comércio global ganharam o centro das atenções nesta quinta-feira (1°) durante o II Fórum de Comércio Exterior. Realizado no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). O evento teve como tema as “Perspectivas e Desafios em Tempos de Crise Econômica Global”.
O fórum trouxe a tona discussões que foram desde o panorama vivido pela economia potiguar e a atuação das empresas potiguares no setor, até assuntos mais amplos como o serviço de despacho aduaneiro, mercado financeiro e os blocos econômicos.
A participação das micro e pequenas empresas no campo das exportações foi um dos temas em debate. Cerca de 60% das empresas potiguares que exportaram em 2009 são de pequeno porte, segundo dados fornecidos pelo consultor em Comércio Exterior, Dante Sarmento.
A participação das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no montante de R$ 258 milhões exportados pelo estado ficou na casa dos 13,5%. Dante Sarmento destaca ainda que essas MPEs na maioria dos casos são empresas familiares, que costumam apostar em pessoas de confiança, no caso integrantes da própria família.
Questionamentos sobre o mercado financeiro foram esclarecidos pelo diretor comercial da Um Investimentos Corretora de Valores S/A, Erik Dias. O palestrante explica pela volatilidade e instabilidade que vem apresentando, a bolsa de valores tem de ser encarada com precaução por quem desejar investir. “A recomendação é que não se aplique todos os recursos. É importante manter um fundo de renda fixa”.
Ações de empresas como Petrobras e de companhias de aço e ferro são boas opções principalmente pelo projeto Pré-Sal e o possível aumento do investimento no setor de construções com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Outra opção são os fundos imobiliários segundo Erik Dias.
Sobre as perspectivas brasileiras para o comércio internacional, o diretor comercial da Um Investimentos conta que a crise em alguns países europeus puxada pela Grécia e a consequente desvalorização do euro tem aumentado a troca de serviços e produtos dom a Europa. No Mercosul, Argentina, Uruguai e Paraguai são os que mais mantêm relações comerciais com o Brasil.
O Mercosul voltou à pauta do fórum com o advogado e professor Claudomiro Batista de Oliveira, que considera a criação do bloco econômico uma aposta ambiciosa. O professor aponta entre outros problemas, a existência de um projeto econômico que se opõe ao dos demais integrantes como é o caso da Venezuela. “Se com projetos comuns já é difícil, imagine com um modelo dispare”, reforça
Batista considera ainda outro fator preocupante, que diz respeito à falta de poder de compensação econômica dos países em caso de crise em algum dos integrantes do bloco. “Na Europa, por exemplo, a ajuda econômica dada à Grécia por parte dos outros países europeus possibilitou que o fundo emergencial fosse praticamente zerado”, explica.
Antes das três palestras, o diretor-presidente da Terra Sul Assessoria em Comércio Exterior, Suterland Guimarães, falou sobre as características do trabalho de despacho aduaneiro, ressaltando que o serviço tem ampliado seu universo de planejamento com destaque para as atribuições e responsabilidades que o trabalho exige.
O RN no mercado intenacional
Durante a manhã, as palestras foram voltadas às perspectivas, potencialidades e desafios da economia potiguar e regional no âmbito do comércio internacional. Em sua participação, que abriu o dia, o secretário do Desenvolvimento Econômico, Segundo de Paula, deu ênfase ao incremento que o estado receberá com a construção do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante.
Ainda sobre as potencialidades estaduais, diretor-presidente da Companhia Docas do RN (Codern), Emerson Fernandes, destacou a importância do cenário que se anuncia para o Porto de Natal com a chegada da Copa do Mundo. O representante da Codern falou na prestação de serviços portuários, além da importância do setor também no campo turístico.
Em seguida, as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) de Macaíba e Assu ganharam destaque na fala do consultor Brian Tipler, que ainda fez uma explanação sobre o panorama da economia nordestina como um todo quando o assunto é exportação mundial.












