Copom deve manter taxa básica de juros em 11% nas próximas reuniões deste anoAta divulgada nesta 5ª feira também prevê câmbio estável em R$ 2,25. Neste cenário, inflação tende a convergir para meta fixada pelo governo |
O Banco Central deve manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11% até o final do ano e prevê uma taxa de câmbio estável em R$ 2,25 por dólar no período. Nesse cenário, a autoridade monetária projeta que a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção para os próximos anos. É o que indica a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira (11).
Segundo a nota do BC, “a projeção para a inflação de 2014 diminuiu em relação ao valor considerado na reunião anterior, mas permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)”. A meta central do governo para a inflação está no patamar de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
Para 2015, as projeções de inflação se mantiveram estáveis, acima da meta; e, nos trimestres iniciais de 2016, as projeções indicam que a inflação entra em trajetória de convergência.
“Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”, afirma a autoridade monetária na nota.
O Copom considera que, desde sua última reunião, os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados, em particular, os derivados de mudanças nos juros em importantes economias maduras.
Apesar de identificar baixa probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, o comitê pondera que o ambiente externo permanece complexo.
No médio prazo, o Copom avalia que mudanças importantes devem ocorrer na composição da demanda e da oferta agregada. Nesse contexto, o consumo tende a crescer em ritmo mais moderado do que o observado em anos recentes e os investimentos tendem a ganhar impulso.
Já o cenário de maior crescimento global, combinado com a depreciação do real, tende a favorecer o crescimento da economia brasileira. Pelo lado da oferta, em prazos mais longos, emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria, e também da agropecuária. E o setor de serviços tende a crescer a taxas menores do que as registradas em anos recentes.
Para o comitê, é possível afirmar que esses desenvolvimentos – somados a avanços na qualificação da mão de obra e ao programa de concessão de serviços públicos – deverão se traduzir em avanços de produção da economia e em ganhos de produtividade.
Mas o Banco Central lembra que a velocidade de materialização das mudanças acima citadas e dos ganhos delas decorrentes depende do fortalecimento da confiança de firmas e famílias.
Fonte: Portal Brasil












