COMPEM/CNI discute em Natal questões relacionadas às micro e pequenas empresasO evento contou com palestras e exposições de especialistas sobre temas importantes para as micro e pequenas empresas |
O presidente do COMPEM/CNI e da FIERN, Amaro Sales, afirmou que o Brasil aos poucos vai implantando uma política diferenciada para as microempresas e citou exemplos no país, o estado do Paraná, e no exterior, a Alemanha, onde isso já acontece. “O Brasil tem de pensar mais nas micro e pequenas empresas”, disse. Amaro Sales citou números para mostrar a importância desse segmento, como a geração de mais de 50% dos empregos oferecidos no país e responder por cerca de 40% da economia. “Hoje cerca de 98% das empresas instaladas no Brasil são micro e pequenas”, disse o industrial.
Para Amaro Sales, a força das micro e pequenas empresas para o país não pode ser negligenciada, sobretudo na geração de emprego. “Se hoje fosse dada condição para cada microempresa gerar um emprego teríamos a geração de 8 milhões de novos postos de trabalho”, afirmou.
O empresário defendeu que as micro tenham tratamento diferenciado das grandes empresas e deu o exemplo da legislação trabalhista, que é a mesma tanto para a pequena quanto para a grande empresa. Aproveitando o momento de eleição dos novos governantes, Amaro Sales disse ser necessário que os futuros governantes tenham um olhar especial para as micro e pequenas empresas.
As declarações foram feitas hoje (12) na Casa da Indústria durante reunião do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa da Confederação Nacional da Indústria (COMPEM/CNI), que contou com participação de representantes dos Conselhos das Federações, do novo presidente do COMPEM/FIERN, diretor da FIERN, Heyder Dantas, Diretores da Federação e presidentes de Sindicatos filiados, e do superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo.
O evento contou com palestras e exposições de especialistas sobre temas importantes para as micro e pequenas empresas, como análise da nova lei da MPE (Lei Complementar nº 147 de 07 de agosto de 2014), impacto no setor industrial e propostas de aperfeiçoamento da Lei Geral; Compras Sustentáveis: O poder de compra do Estado e Norma Internacional – ISO/ABNT, entre outros
A especialista da Unidade de Política Industrial da CNI, Suzana Peixoto, disse que o COMPEM/CNI é um espaço para ouvir o micro empresário, sua atuação é nacional, mas é importante reuniões nos estados, como esta de hoje, na Casa da Indústria, em Natal, para trazer as questões nacionais para o conhecimento regional. Ela afirmou que as micro e pequenas empresas enfrentam as mesmas dificuldades em todos os estados, que são também muito semelhantes as dos países desenvolvidos. Entre essas dificuldades estão o acesso ao crédito, excesso de tributação e a burocracia.
Suzana Peixoto, contudo, reconheceu que o Brasil tem avançado, destacando a aprovação do Super Simples pelo Congresso Nacional. Revelou que o COMPEM/CNI formou um grupo de trabalho para tratar de compras sustentáveis pelos governos às pequenas empresas. Esse estudo está levantando normas da ABNT e internacionais para facilitar a vida dos empreendedores. “Esse trabalho vai deixar claro para as empresas o que elas precisam fazer para se habilitarem às compras governamentais”, explicou a especialista da CNI.
AMPLIAÇÃO DAS COMPRAS SUSTENTÁVEIS
O analista da Unidade de Meio Ambiente da CNI, Sérgio de Freitas, destacou hoje (12), na Casa da Indústria, na reunião do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa da Confederação Nacional da Indústria (COMPEM/CNI), a necessidade de mecanismos que ampliem e viabilizem as compras sustentáveis, no contexto da norma internacional ABNT e das compra do poder público e defendeu a criação de fórum permanentes.
Sérgio de Freitas disse que as considerações feitas por representantes de Compem de Federações de Indústria de doze estados serão levadas em conta na formatação da lei de compras sustentáveis do setor público de forma a viabilizar maior participação das micro e pequenas empresas nos processos de licitação.
De acordo com as demandas apresentadas pelos conselheiros, é necessário que o Estado, nas três esferas do governo, deem garantia de pagamento das compras feitas às MPEs. Uma vez que, diferente das empresas de grande porte, tem capital mais enxuto e por isso menor margem maior para atrasos em prazos de pagamento ou mesmo calotes.
O presidente do COMPEM/CNI e presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales lembrou que, no RN, há dez anos ocorrem articulações entre os setores produtivos, representados pela FIERN, Sebrae e Fecomercio, junto ao governo do estado para regulamentação de uma política de compra sustentável entre poder público e micro e pequenas empresas - até hoje não viabilizadas.
"A compra sustentável deve ser facilitada a partir do local de produção, rediscutir o modelo de forma que os processos de licitações favoreçam também os pequenos e micro empresários"' defendeu Amaro Sales. Nesse contexto, um dos temas que pautou a discussão foi a ampliação do cartão de compras corporativas.
Fonte: Fiern












