Setor de material de construção espera crescimento de 30% com prorrogação do IPI |
O governo federal decidiu prorrogar até o fim do ano o incentivo fiscal para materiais de construção, que acabaria na quarta-feira, 30 de junho. Agora, com a manutenção do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a maioria dos materiais de construção continua com a alíquota zero e alguns produtos pagam IPI com alíquotas de, no máximo, 10%.
Com a manutenção do incentivo, o governo deixará de arrecadar R$ 723 milhões no segundo semestre. Em 2010, a renúncia fiscal é estimada em R$ 1,409 bilhão. Isso porque a redução do IPI provocou perdas de receita estimadas em R$ 686 milhões no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a extensão do benefício fiscal foi necessária porque as obras têm ciclo longo e o desconto no IPI teria pouco efeito se as alíquotas voltassem ao normal a partir do segundo semestre.
Para o presidente da Rede de Lojas de Material de Construção (Redecon), Luiz Antônio Lacerda, o desconto do IPI tem sido bastante positivo para as vendas de material de construção no Rio Grande do Norte.
“Desde que o governo concedeu esse benefício, as vendas nas lojas associadas à Redecon registraram aumento entre 20% e 25%. Para o segundo semestre, nossas expectativas são as melhores possíveis, com um crescimento de 30%. Com o programa Minha Casa Minha Vida, e as obras preparação para a Copa 2014, esperamos que o setor continue crescendo cada vez mais”, afirmou Lacerda.
Segundo ele, a única preocupação do setor nesse momento é com a possibilidade de vir a faltar produtos no mercado, assim como o temido “apagão de mão-de-obra”. “Todas essas obra sendo realizadas também podem causar um superaquecimento do mercado. Os lojistas estão preparando seus estoques para que não falte material de construção no mercado”, disse.












