Inflação se mantém estável em junho com 0,0%, menor taxa em 4 anosResultado é considerado o mais baixo desde junho de 2006. |
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não sofreu nenhuma variação no mês de junho, fechando o mês em 0,0% e ficando 0,43% abaixo da taxa de maio. Este foi o mais baixo IPCA mensal desde junho de 2006, quando ocorreu “deflação” de 0,21%.
Com esse resultado, o acumulado do ano está em 3,09%, o mesmo índice de maio, acima da taxa de 2,57% relativa ao primeiro semestre do ano passado. Na análise dos últimos 12 meses, o IPCA ficou em 4,84%, inferior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores, que ficou em 5,22%. Em junho do ano anterior, a taxa havia ficado em 0,36%.
Os alimentos foram os principais responsáveis pela forte desaceleração do IPCA no mês de junho. Ao passar de 0,28% para -0,90% de um mês para o outro, o grupo alimentação e bebidas teve contribuição de -0,20%, enquanto havia representado 0,06% em maio. Houve queda para os alimentos em todas as regiões pesquisadas, de -0,31% em Belém a -1,43% em Goiânia.
Mas não só o grupo dos alimentos teve influência na desaceleração do IPCA do mês. Os produtos não alimentícios tiveram um aumento menor, passando de 0,48% em maio para 0,27% em junho. Conforme mostra a tabela a seguir, a maioria dos grupos de produtos e serviços ficou com variação abaixo da registrada no mês anterior.
O grupo transporte, com variação de -0,21% e contribuição de -0,04%, foi influenciado pela queda de preços do etanol (de -5,77% em maio para -5,41% em junho) e da gasolina (de 0,01% para -0,76%), além dos automóveis novos (de 0,76% para -0,37%) e usados (de 0,02% para -1,21%). Em alta, as passagens aéreas foram destaque em transporte, ficando 12,57% mais caras, após terem registrado queda de 0,90% em maio.
Também em alta, os cigarros, com variação de 3,70%, em razão de reajuste de preços de um dos fabricantes, se destacaram nas despesas pessoais, que passaram de um aumento de 0,75% em maio para 0,74% em junho e ficaram com a maior variação dentre os grupos, apesar da redução no aumento dos salários dos empregados domésticos (de 1,12% em maio para 0,58% em junho).
Dentre os índices regionais, os mais baixos foram registrados nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Curitiba (-0,15% em cada uma), puxados pelas quedas nos preços dos combustíveis (de -1,26% e -3,81%, respectivamente). O índice mais alto foi o de Brasília (0,38%), em razão do aumento de 13,44% nas passagens aéreas, gerando contribuição de 0,16%.












