Inflação medida pelo Índice de Preços ao Produtor desacelera para 0,67% em outubroQueda foi puxada pelo refino de petróleo e produtos de álcool, que recuou 0,32% no mês. Fabricação de máquinas e equipamentos teve redução de 0,06%, diz IBGE |
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) desacelerou de 0,95% em setembro para 0,67% em outubro, segundo a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi puxada pelo segmento de refino de petróleo e produtos de álcool, que recuou 0,32% em outubro.
Além disso, a fabricação de máquinas e equipamentos também contribuiu para a baixa, com recuo de 0,06% em outubro. O IPP mede a variação dos preços dos produtos recebidos pelo produtor na porta de fábrica, sem impostos, tarifas e fretes. O IBGE acompanha os preços de cinco mil produtos em 1.400 empresas.
A atividade de refino de petróleo e produtos do álcool vem acumulando quedas nos últimos três meses, com recuos de -0,45% em agosto, 0,04 em setembro e -0,32% em outubro. No ano, o setor acumula 3,25% de variação, enquanto nos últimos 12 meses a variação chega a 6,15%.
Em termos de influência, dos quatro produtos em destaque do indicador mensal, dois apresentaram viés positivo (naftas e óleo diesel e outros óleos combustíveis) e dois, negativo (álcool etílico - anidro ou hidratado - e querosenes para aviação).
Segundo o IBGE, os quatro produtos em destaque explicam - 0,31 p.p. do total de - 0,32% do indicador de outubro frente a setembro. O cenário de dispersão dos indicadores de produtos também se apresenta no acumulado do ano: dois com viés negativo (álcool etílico - anidro ou hidratado - e óleos lubrificantes básicos) e dois com viés positivo (óleo diesel e outros óleos combustíveis e naftas).
Nos últimos 12 meses, apenas um dos produtos registrou sinal negativo (querosenes para aviação), enquanto três apresentaram viés positivo (óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina e naftas).
No último mês, os preços do álcool e do querosene de aviação baixaram, puxando a queda do indicador. A queda no preço do álcool se explica pela abertura da safra de cana-de-açúcar. E a gasolina se manteve estável no período.
Outro destaque foi em relação a máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que tiveram variação de 10,58%, maior que as taxas de agosto (9,84%) e setembro (9,55%), mas menor que a julho (11,45%).
Alimentos
Em outubro, 17 das 23 atividades pesquisadas pelo IPP subiram de preço, contra 16 do mês anterior. As quatro maiores altas se deram entre os produtos das atividades de fumo (3,63%), outros equipamentos de transporte (3,44%), madeira (3,43%) e calçados e artigos de couro (1,50%). Em termos de influência, sobressaíram alimentos (0,19 p.p.), outros produtos químicos (0,10 p.p.), outros equipamentos de transporte (0,07 p.p.) e veículos automotores (0,07 p.p.).
Os preços dos alimentos indicam ainda pressões pelos efeitos da seca e da entressafra. O resultado de 0,99% é o terceiro positivo consecutivo. Na comparação com o mesmo mês de 2013, a taxa ficou positiva em 0,87%, depois da negativa de setembro (- 0,90%), mas em níveis bem menores do que aqueles observados entre janeiro (6,80%) e julho (2,59%).
O Índice de Preços ao Produtor, cujo âmbito inicial são as indústrias de transformação, tem como principal objetivo mensurar a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, bem como sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no País.
"Constitui, assim, um indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e, por conseguinte, um valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados", destaca o IBGE..
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm
Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE












