Unasul quer facilitar a circulação de sul-americanos na regiãoLivre circulação seguiria modelo similar ao do Mercosul, onde os cidadãos circulam sem a necessidade de passaporte e visto |
A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) irá debater a livre circulação de seus cidadãos na região, em um modelo similar ao adotado pelo Mercosul, durante a reunião de cúpula do grupo de países, que será realizada nos dias 4 e 5 de dezembro, em Guayaquil e Quito, no Equador.
No sistema utilizado pelo Mercosul, os cidadãos dos países-membros circulam com documento de identidade, sem a necessidade de passaporte e visto.
De acordo com o subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Simões, a discussão passou por um grupo de trabalho técnico, que terá o relatório aprovado pelos chanceleres da Unasul.
"O grupo de trabalho fez um primeiro mapeamento do que precisa ser feito. O passo que vamos dar agora é dizer que vá adiante e examine as possibilidades de caminhar nessa direção. Não é trabalho simples, envolve a legislação de 12 países, as normativas de 12 países", explicou Simões.
Cúpula
A cúpula será dividida em duas etapas: a primeira na quinta-feira (4), em Guayaquil, com os chanceleres. A reunião dos chefes de Estado e de Governo será em Quito, na sexta-feira (5).
Os líderes sul-americanos vão inaugurar a sede da entidade, batizada de Néstor Kirchner, e erguida na região conhecida como "mitad del mundo", porque está acima da Linha do Equador, que separa os dois hemisférios do Planeta. Durante a reunião haverá a transmissão da presidência pro tempore da Unasul do Suriname para o Uruguai.
A presidenta Dilma Rousseff embarca na quinta-feira, participa da cúpula em Quito e retorna ao Brasil na sexta-feira. Ainda não há informação sobre possíveis reuniões bilaterais da presidenta com outros chefes de Estado, nem com o presidente do Equador, Rafael Correa, anfitrião da cúpula. É a primeira vez que Dilma visita o Equador como presidenta.
Na segunda metade de dezembro, Dilma tem outro compromisso da agenda de integração sul-americana: a Cúpula do Mercosul, na Argentina.
Escola de Defesa e unidade de coordenação eleitoral
A Unasul deverá aprovar também o estatuto e o regulamento da Escola Sul-americana de Defesa, que, segundo Simões, funcionará como um "centro de altos estudos, articulado para formação de civis e militares", com cursos compartilhados e troca de experiências de defesa.
Além disso, o bloco também vai formalizar a criação de uma unidade técnica de coordenação eleitoral, para concentrar as atividades de observação de processos eleitorais na América do Sul.
"A ideia é criar uma profissionalização do que são as missões da Unasul. Hoje você tem missões [de observação], mas é importante ter a unidade para criar um padrão Unasul de observação", avaliou o embaixador.
Fonte: Agência Brasil












