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12/12/2014 15h07

Teto do Supersimples pode ultrapassar os R$ 14 milhões

O Sebrae apresentou nova proposta de reforma do regime do Simples Nacional. Entre as mudanças, está a criação de tetos de transição

Um novo projeto de reforma do Supersimples - regime de tributação que unifica oito impostos em um único boleto - foi apresentado aos deputados que fazem parte da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto, e pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos nesta terça-feira (9), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A reforma tem como objetivo aprimorar a legislação existente e consequentemente melhorar o ambiente de negócios e aumentar a competitividade, tendo como principal foco a eliminação de obstáculos presentes no atual regime simplificado, que inibem a transição do Simples para os regimes do Lucro Real e Presumido.

Entre as propostas de alteração apresentadas estão a criação de tetos de transição de R$ 7,2 milhões e de R$ 14,4 milhões, a implementação de uma faixa de transição para os Microempreendedores Individuais (MEI), entre R$ 60 mil e R$ 120 mil, a diminuição de faixas de tributação, de 20 para sete, e a redução do número de tabelas, passando de seis para quatro, sendo uma para o Comércio, uma para a Indústria e duas para o setor de Serviços (beneficiando aquelas empresas que são intensivas em mão de obra e geração de novos postos de trabalho).

Se aprovadas, as propostas devem beneficiar 116 mil empresas - das quais cerca de 61 mil são Microempreendedores Individuais - do Rio Grande do Norte que atualmente estão inseridas nesse regime fiscal. "Essa ampliação é muito importante para um estado como o Rio Grande do Norte, que tem acompanhado os limites máximos do teto estabelecido nacionalmente. Está provado que, ao aumentar o teto, amplia-se também o número de empresas beneficiadas e, o melhor, sem perda de arrecadação", analisa o diretor Técnico do Sebrae no Rio Grande do Norte, João Hélio Cavalcanti.

Já o presidente Luiz Barretto destacou que é preciso criar um mecanismo que estimule o crescimento das micro e pequenas empresas. "Estamos propondo uma sexta modificação na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para ajudar o segmento, que é o grande gerador de empregos do país. Foram os pequenos negócios que seguraram a criação de empregos nos dois últimos anos", destacou.

"A criação de uma faixa de transição vai acabar com a morte súbita dos pequenos negócios", afirmou o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. As alterações propostas fazem parte de estudo encomendado pelo Sebrae junto às fundações Getúlio Vargas e Dom Cabral e ao Instituto de Pesquisas Econômicas e são rigorosas do ponto de vista técnico por utilizar projeções econômicas baseadas em dados da Receita Federal. A análise foi coordenada pelo futuro ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. De acordo com o ministro Afif, o material já foi apresentado ao também futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O compromisso de entregar esse estudo foi feito no momento da sanção da última reforma da Lei Geral, em agosto deste ano. Entre as alterações realizadas está a universalização do Supersimples, que determina como critério de adesão a esse sistema de tributação, o teto de faturamento de R$ 3,6 milhões. Essa iniciativa vai permitir que, a partir de janeiro do próximo ano, aproximadamente 140 atividades possam optar por esse regime de transição que reduz em até 40% a carga tributária.

O deputado Guilherme Campos (PSD/SP) afirmou que irá elaborar um projeto de lei com base no estudo apresentado e que pretende oficializar essa proposta ainda neste ano.

 

Fonte: Agência Sebrae de Notícias RN


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