Sebrae apresenta dados e pede apoio para atingir meta no empreendedorismo |
O atual panorama do empreendedorismo individual no Rio Grande do Norte foi o tema principal de um evento realizado na manhã desta terça-feira (13) no Salão de Eventos do Sebrae. Representantes de prefeituras e do governo, além de outras instituições, discutiram o balanço, dificuldades e metas para a formalização dos pequenos empreendedores, apresentadas pelo diretor superintendente do Sebrae, Zeca Melo.
Atualmente o RN ocupa a segunda colocação no percentual de realização de metas do Nordeste. Até o momento 4.404 empreendedores foram formalizados, 33,88% da meta de 13.000, calculada a partir do número de habitantes do estado. Zeca Melo ressaltou o bom trabalho, mas reconheceu que os dados perdem um pouco a força quando se leva em conta que o NE tem o pior desempenho do país.
Nos números específicos dos municípios, cidades como Goianinha, Currais Novos, Parnamirim, Caicó e Pau dos Ferros ficaram na frente de Natal no desempenho. Na capital potiguar a adesão à formalidade chega a 49,89% da meta de 3.339, com 1.656 de empreendedores individuais. Segundos os apresentados, 89,2% dos municípios do RN já têm pelo menos um empreendedor, 149 das 167 cidades.
Os setores que mais se destacam são as empresas de vestuário, responsáveis por 25,3% das formalizações, seguido pelos cabeleireiros (20,8%) e pelos que trabalham no comércio varejista (14,3%). Zeca Melo atentou para a estratégia de tentar atingir determinados grupos setoriais, como as lan houses e os cabeleireiros. Para o diretor é necessário que haja um trabalho mais próximo dos empreendedores.
“É preciso que haja educação fiscal. Não é para chutar o pau da barraca, mas uma visita com uma explicação pode acontecer em casos mais flagrantes”, explica Zeca Melo. Além disso, o diretor ressalta a importância da realização de convênios, palestras e itinerantes no processo de conscientização.
Para Melo, a legislação já prevê um tratamento diferenciado ao pequeno, através da Lei Complementar 123/2006 (Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas), e por isso não faz mais sentido ser informal. Entre as principais dificuldades da consolidação do processo de formalização, segundo o diretor do Sebrae, estão fatores como os programas transferência de renda, a filiação indiscriminada a sindicatos rurais e de pesca, além do baixo envolvimento de prefeituras e instituições.
Na oportunidade, Zeca Melo pediu uma maior participação na parte operacional do projeto de empreendedorismo por parte do estado, município e outras instituições. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Segundo de Paula, defendeu a formalização, mas ressaltou que o processo não pode ser feito a força. De acordo com Segundo de Paula o trabalho tem de ser focado na conscientização para que a adesão aconteça gradualmente.












