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13/02/2015 16h29 - Atualizado em 13/02/2015 17h39

Vendas do Comércio Varejista potiguar sobem 2,7% em dezembro e fecham 2014 com alta de apenas 2,2%

Em números absolutos, e considerando que o Varejo Potiguar fatura cerca de R$ 26 bilhões de por ano, pode se dizer que o setor deixou de vender nada mais nada menos que R$ 1,7 bilhão

O cenário de desaceleração brutal no crescimento das vendas do Rio Grande do Norte em 2014 - para o qual a Fecomércio já vinha alertando há alguns meses - foi confirmado esta semana, pelo IBGE, que divulgou os dados de dezembro da Pesquisa Mensal do Comércio.
De acordo com o instituto, o Varejo potiguar emplacou, no ultimo mês do ano passado, alta de 2,7%. Com isso, o comércio do Rio Grande do Norte encerrou o ano passado com um incremento de pífios 2,2%.

Para se ter uma ideia da desaceleração, em dezembro de 2013, as vendas potiguares registraram alta de 5,9% (mais que o dobro do número de dezembro passado). No acumulado do ano, o incremento de 2014 representa apenas 25% daquele registrado em 2013 (8,8%).

Em números absolutos, e considerando que o Varejo Potiguar fatura cerca de R$ 26 bilhões de por ano, pode se dizer que o setor deixou de vender nada mais nada menos que R$ 1,7 bilhão.

"Embora ratifiquem um cenário que nós já vínhamos projetando, os números finais do varejo no ano passado são extremamente preocupantes. O crescimento de apenas 2,2% nas vendas mostra que o quadro de recessão está muito, mas muito próximo mesmo. E o pior é que todos os especialistas dizem que 2015 tende a ser um ano ainda pior. Ficaremos muito felizes se, ao final deste ano, conseguirmos fechar estagnados, ou seja, com crescimento zero. Mas tudo indica que teremos retração. E com isso, certamente que o nível de emprego também tende a cair. No caso específico do setor de Comércio, já fechamos 2014 com queda de 24% na geração de novas vagas, um número que tende a piorar. Nossa esperança é de que as medidas de ajuste da economia, que começam a ser implantadas, surtam efeito o mais rápido possível e que possamos reverter este quadro", afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, Marcelo Fernandes de Queiroz.

Os números de dezembro e do ano inteiro de 2014 foram os piores do varejo norteriograndense desde 2011. O presidente Marcelo Queiroz lembra que o cenário de desaceleração do varejo foi construído graças a fatores como juros altos, crédito apertado, redução de investimentos públicos e inflação em alta.

Segmentos

Por segmento, de acordo com o IBGE, das oito atividades do Varejo, cinco registraram taxas positivas, em relação ao ano anterior. O IBGE lista as atividades de acordo com a sua contribuição para a composição do varejo geral.

Por exemplo, o segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., registrou variação no volume de vendas em 2014 de 7,9% em relação a 2013, sendo este o principal impacto positivo no resultado anual. A diversidade de itens comercializados neste segmento favorece o desempenho das vendas no período natalino.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 9,0%, em relação ao ano anterior, deu a segunda maior contribuição à taxa anual do varejo. A variação de preços de medicamentos abaixo do índice geral do IPCA e o caráter de uso essencial de seus produtos são os principais fatores explicativos do desempenho do segmento acima da média geral do varejo.

A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 1,3% em 2014 em relação ao ano anterior, exerceu o terceiro maior impacto na formação da taxa geral do varejo. O declínio da taxa de crescimento em relação ao ano 2013, quando o aumento foi de 1,9% em relação a 2012, pode ser explicado pela desaceleração do crescimento da massa real de rendimento, com taxa de variação de 1,4% em 2014, contra os 2,4% de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego. Cabe ressaltar que o desempenho desta atividade foi influenciado ainda pelos preços da alimentação no domicílio que, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA, variaram 7,1% contra 6,4% do índice geral.

QUADRO EVOLUÇÃO VENDAS DESDE 2011 NO RN

 

Mês 2011 2012 2013 2014
Janeiro 14,60% 2,80% 7,60% 6,6%
Fevereiro 13,40% -1,00% 6,20% 10,2%
Março -9,40% 7,40% 13,20% -5,2%
Abril 7,80% 1,40% 16,80% 4,4%
Maio 11,10% 6,90% 10,30% 4,9%
Junho 7,80% 13,60% 2,10% -1,7%
Julho 6,20% 9,40% 10,10% -1,8%
Agosto 9,60% 11,50% 6,30% -3,6%
Setembro 3,70% 5,80% 11,20% 3,1%
Outubro -0,10% 14,60% 7,30% 2,2%
Novembro 1,90% 9,90% 10,00% 5%
Dezembro 4,00% 7,50% 5,90% 2,7%
NO ANO 5,50% 7,60% 8,80% 2,2%

 

Acumulado no ano:

2013: 8,8%

2014: 2,2%

 

Índice e variação do volume de vendas no comércio varejista ampliado (1), por Unidade da Federação - dezembro 2014

 

Unidade da Federação Variação
Mensal (3) Acumulada (4)
out/14 nov/14 dez/14 No ano 12 Meses
Brasil -2,3 -2,4 -2,2 -1,7 -1,7
Rondônia 12,5 3,2 5,8 5,7 5,7
Acre 2,2 5,2 3,5 4,7 4,7
Amazonas 3,4 4,0 -5,4 2,0 2,0
Roraima 16,5 15,8 15,5 7,1 7,1
Pará 10,4 5,4 0,3 2,0 2,0
Amapá 5,2 9,8 1,7 -0,2 -0,2
Tocantins 13,6 14,7 4,7 5,3 5,3
Maranhão 8,3 4,2 1,3 3,0 3,0
Piaui 7,2 1,7 -0,1 1,5 1,5
Ceará 2,5 4,0 0,6 4,0 4,0
Rio G. do Norte 2,2 5,0 2,7 2,2 2,2
Paraíba 1,9 3,6 -2,5 2,5 2,5
Pernambuco 0,3 2,7 0,5 1,4 1,4
Alagoas 0,3 -0,5 -1,2 2,4 2,4
Sergipe 0,6 2,1 0,1 2,2 2,2
Bahia -0,3 0,4 -1,7 1,1 1,1
Minas Gerais 0,8 -1,8 1,6 -0,2 -0,2
Espirito Santo -3,9 -4,6 1,4 -3,9 -3,9
Rio de Janeiro 3,1 2,1 3,4 1,7 1,7
São Paulo -10,1 -7,5 -6,5 -6,2 -6,2
Paraná -1,7 -3,2 -2,3 -3,0 -3,0
Santa Catarina 3,8 0,3 1,1 1,4 1,4
Rio Grande do Sul -1,9 -2,1 -3,8 0,3 0,3
Mato Grosso do Sul 2,8 -1,5 -1,2 -0,6 -0,6
Mato Grosso 3,0 -1,6 -2,6 0,4 0,4
Goiás 2,0 -2,7 -6,2 -2,3 -2,3
Distrito Federal -4,7 -3,5 -2,8 -0,5 -0,5

 

 

TABELA 1

 

BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC

Dezembro 2014

 

ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (*) ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação
OUT NOV DEZ NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (**) 1,1 1,5 -2,6 2,2 2,2
1 - Combustíveis e lubrificantes 0,6 -0,3 -0,5 2,6 2,6
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo 2,0 -1,0 -0,1 1,3 1,3
2.1 - Super e hipermercados 1,8 -0,5 -0,3 1,3 1,3
3 - Tecidos, vest. e calçados 2,1 4,2 -7,3 -1,1 -1,1
4 - Móveis e eletrodomésticos 0,3 6,5 -9,9 0,6 0,6
4.1 - Móveis - - - 0,5 0,5
4.2 - Eletrodomésticos - - - 0,9 0,9
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,5 -0,6 -1,1 9,0 9,0
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 3,7 7,6 -8,8 -1,7 -1,7
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria -0,9 11,5 -9,2 -7,7 -7,7
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 1,0 5,4 -2,7 7,9 7,9
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (***) 1,8 1,7 -3,7 -1,7 -1,7
9 - Veículos e motos, partes e peças 4,4 7,3 -9,4 -9,4 -9,4
10- Material de Construção 1,2 0,3 -0,7 0,0 0,0

 

Fonte: Fecomércio RN


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