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14/07/2010 11h21 - Atualizado em 14/07/2010 11h21

Pendências jurídicas deixam dúvida sobre futuro no Vale do Ceará-Mirim

A intervenção judicial, que paralisou o trabalho na Ecoenergias do Brasil Indústria e Comércio Ltda deixou a produção de cana no município de Ceará-Mirim estagnada, segue sem previsão para terminar. Nesta terça-feira (13), a Justiça propôs que a intervenção passasse a ter caráter fiscal, o que permitiria a volta da administração da empresa, no entanto a ideia não foi para frente.

A assessoria de imprensa da Ecoenergias do Brasil Indústria e Comércio Ltda informou que a proposta não foi aceita pela parte do ex-senador Geraldo Melo, antigo proprietário que processa o empresário cearense Manuel Dias Branco Neto, atual dono, por não honrar com pagamentos relacionados à venda da empresa e da Companhia Açucareira Vale do Ceará-Mirim.

Ainda nesta terça, os funcionários da empresa receberam o dinheiro referente à segunda quinzena de junho, paga para assegurar a alimentação dos trabalhadores. Os 600 funcionários receberam um montante de R$ 215 mil, no entanto, a produção nos canaviais não tem previsão para voltar. A assessoria da Ecoenergias conta que sem a gerência Manuel Dias Branco Neto não é possível dar aporte ao trabalho nos canaviais.

Hoje a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do RN (Fetarn) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ceará Mirim enviaram nota pedindo bom senso à Justiça e às partes envolvidas no processo para que o trabalho nos canaviais possa continuar. As entidades ressaltam o pagamento da quinzena atrasada de junho, mas explicam que “a continuidade das relações de trabalho ainda representa uma incógnita e é um fator de extrema relevância para a classe rural”, diz a nota.

Na última semana, entidades representativas das classes produtoras do Estado, que compõem o Conselho Deliberativo do Sebrae RN, já haviam se posicionado através de uma nota em tom de preocupação quanto aos efeitos produtivos e empregatícios da paralisação.

A Ecoenergias está sob a administração de um interventor desde maio. Afastado da administração após indícios de fraude e gestão temerária, Manuel Dias Branco Neto foi condenado no fim de junho a pagar quase R$ 100 mil reais ao ex-senador Geraldo Melo. Segundo consta nos processos, o Manuel Dias Branco Neto não honrou com diversos pagamentos acertados com os vendedores.

O grupo do ex-senador Geraldo Melo ainda move uma ação de execução que cobra do empresário o pagamento pela venda das empresas, negócio estimado em mais de R$ 200 milhões de reais. Mas enquanto as pendências jurídicas não andam, o futuro do plantio de cana e o emprego dos 600 funcionários da empresa seguem com futuro incerto.


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