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28/07/2010 09h34 - Atualizado em 28/07/2010 09h34

Etanol de segunda geração e o futuro da produção de energia

Substituir 10% da gasolina consumida no mundo em até 15 anos sem comprometer florestas nativas e produção de alimentos é um potencial em desenvolvimento no Brasil. Por meio do Projeto Etanol, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), acredita no cumprimento da meta e aposta entre outras coisas na consolidação da tecnologia de conversão da palha e bagaço de cana em álcool combustível.

O CTBE é um dos três laboratórios incubados no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, que teve seu trabalho exposto nesta terça-feira (27) na Mostra de Ciência e Tecnologia (ExpoT&C), um dos eventos da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até sexta-feira (30) no Campus da UFRN.

O objetivo do CTBE é desenvolver a tecnologia para produzir o etanol de segunda geração, que diferentemente do de primeira geração, aproveita a biomassa, ou o bagaço da cana de açúcar.

No processo atual, somente o caldo, que representa um terço do material, é utilizado para a produção de combustível e açúcar, enquanto o bagaço é queimado nas indústrias para gerar energia elétrica.

Segundo a assessoria de comunicação do CTBE, a meta de alcançar 10% da produção mundial de bioetanol só será possível com o desenvolvimento da tecnologia, já que chegar ao objetivo produzindo apenas etanol de primeira geração necessitaria do trabalho em mais áreas de plantação, o que não é interessante principalmente do ponto de vista ambiental.

Quanto ao custo, o CTBE reconhece que o etanol de segunda geração é mais caro, sobretudo porque é mais demorado e envolve outros estágios para que o bagaço seja aproveitado.

No entanto, o conceito de biorefinaria que vem sendo pauta de discussões traria um retorno sobre esse investimento mais elevado. De acordo com a assessoria de comunicação, com uma usina deste tipo, além de energia, açucares e combustível, seria possível criar outros materiais a partir da cana de açúcar.


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