Produção industrial recuou 1,0% em junhoResultado se configura como a terceira queda consecutiva, acumulando perda de -2,0%. |
Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (03), revelam que a produção industrial no mês de junho sofreu queda de 1,0% em relação a maio, na série livre de influências sazonais. Esta foi a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando assim perda de -2,0% nos três meses do período (abril, maio e junho).
Em relação ao mesmo período de 2009, houve um aumento de 11,1%, a menor marca desde 0s 5,3% registrados em novembro do ano passado. Com isso, o acumulado do ano (16,2%) ficou abaixo do registrado nos últimos meses.
Os índices para o segundo semestre deste ano ficaram positivos tanto frente à igual período do ano passado (14,3%), quanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,4%), na série com ajuste sazonal.
No acumulado dos últimos 12 meses (6,5%), o ritmo de crescimento em relação a maio ficou acentuado (4,5%), permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em outubro de 2009.
A redução de 1,0% observada no total da indústria entre maio e junho teve perfil generalizado de queda, alcançando vinte dos vinte e sete ramos pesquisados e todas as categorias de uso.
Entre os setores, o principal impacto negativo sobre a média global veio de outros produtos químicos (-4,4%), vindo a seguir máquinas para escritório e equipamentos de informática (-11,6%), alimentos (-1,6%), produtos de metal (-5,2%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-4,9%), farmacêutica (-3,4%) e veículos automotores (-1,1%).
Entre as sete atividades que avançaram a produção, refino de petróleo e produção de álcool (2,6%), edição e impressão (2,9%) e bebidas (2,6%) exerceram as influências positivas mais relevantes.
Com os resultados negativos nos últimos três meses, o desempenho de junho confirma a redução no ritmo da atividade industrial, com o índice de média móvel trimestral recuando (-0,7%) na passagem de maio para junho e interrompendo a trajetória de crescimento presente há quinze meses.
Essa inversão de sinal também foi observada em bens intermediários (-0,1%) que também reverteu quinze meses de taxas positivas. Nas demais categorias de uso, bens de consumo duráveis (-1,1%) e bens de consumo semi e não duráveis (-1,0%) registraram as quedas mais acentuadas, enquanto bens de capital (0,2%), único com resultado positivo em junho, exibiu o ganho menos intenso desde maio de 2009.












