RN formaliza 6,3 mil novos negócios no primeiro semestreEntre janeiro e junho deste ano, 6.325 negócios foram formalizados na categoria de Microempreendedor Individual (MEI). Mas a quantidade é 5,6% menor que no mesmo intervalo de 2015. |
O Rio Grande do Norte encerrou o primeiro semestre do ano com a criação de 6.325 novos negócios, enquadrados como Microempreendedor Individual (MEI). Com isso, o estado já possui 83.785 negócios nessa categoria jurídica, que envolve empresas e profissionais que trabalham por conta própria e faturam até R$ 60 mil por ano. Apesar do avanço, a quantidade de formalizações no acumulado de janeiro a junho é 5,6% menor do que foi registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 6.682 empresas no estado.
"O número de criação de novas empresas se manteve na média e reflete um pouco da situação econômica que atravessamos. Empreendedorismo por necessidade. Não vejo outra explicação para esse quantitativo diante de uma retração econômica. Quanto maior o índice de desemprego, a tendência é as pessoas partirem para a livre iniciativa", explica o diretor de Operações do Sebrae no Rio Grande do Norte, Eduardo Viana. Na avaliação do executivo, a leve redução de formalizações no semestre tem a ver com o perfil dos empreendedores. Muitos que estavam na informalidade já se registraram e agora a tendência é que esse contingente invista na evolução do negócio.
Os dados sobre a criação de novas empresas nos últimos 13 meses estão na décima quarta edição do Observatório dos Pequenos Negócios, uma síntese conjuntural da economia potiguar elaborada mensalmente pelo Sebrae no Rio Grande do Norte. O material completo está disponível no Portal do Sebrae (www.rn.sebrae.com.br) na seção ‘Boletim Econômico para MPE's.
O estudo também analisa o comportamento da balança comercial do estado nos primeiros seis meses. O valor das exportações potiguares alcançou US$ 113,8 milhões, um decréscimo de 22,1% sobre igual período de 2015. As importações tiveram queda bem menor, de aproximadamente 3,5%, com o valor de US$ 90,2 milhões. Com isso, a balança comercial fecha o semestre com um superávit de US$ 23,6 milhões.
Mais exportados
Os produtos mais exportados foram o sal marinho (US$ 15,1 milhões), as castanhas de caju (US$ 13,8 milhões), melões (US$ 13,6 milhões) e mamões (US$ 6,2 milhões). Já as importações foram lideradas pelo trigo e as misturas de trigo, que comercializou US$ 27,8 milhões. Também apareceram nas importações do semestre os fornos não elétricos para ustulação (expelir uma substância de outra) de minérios e metais, que totalizaram US$ 6,5 milhões. O estado também importou polietileno (US$ 2,9 milhões), ferro e aço fundido (US$ 2,8 milhões) e PVC (US$ 2,4 milhões).
Em relação ao saldo de empregos eletivos no semestre, o Observatório dos Pequenos Negócios revela que o Rio Grande do Norte perdeu 15.824 vagas de trabalho, a pior situação iguais períodos, dos últimos cinco anos. Nesses anos, considerando-se as vagas criadas (2012 e 2014), menos as extintas (2013, 2015 e 2016), é constatada a perda de 20.755 empregos formais. A extinção de vagas, em 2016, foi maior do que a de 2015 em 80,7%. Todas as atividades econômicas registraram saldos negativos, concentrados em: comércio, construção civil, indústria de transformação, agropecuária e serviços, com quedas de 4.326, 3.365, 3.075, 2.446, e 2.409, respectivamente.
Nesse período, o Rio Grande do Norte arrecadou R$ 2.319,5 milhões, referentes ao ICMS. Isso representa um aumento nominal de 5,5% em relação a igual período de 2015, o menor crescimento da série analisada. Entre o início e o final da série o crescimento nominal foi de 35,1%, enquanto o índice de inflação, nesse período, foi de 36,1% (calculado pelo INPC).
*Fonte: Sebrae RN

