Desempenho do varejo potiguar em junho é fruto de uma série de fatores reversos, diz Fecomercio |
O presidente do Sistema Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, Sesc e Senac), Marcelo Fernandes de Queiroz, avaliou os números do comércio varejista potiguar no mês de junho, divulgados nesta quarta-feira (11), pelo IBGE, que apontam um desempenho abaixo da média nacional.
Ele afirmou que esse desempenho é fruto de uma série de fatores reversos – como é o caso da redução do IPI para a linha branca de eletrodomésticos, materiais de construção e veículos, que começou a ser retirada em março.
O Rio Grande do Norte foi o penúltimo estado do país no ranking da evolução (à frente apenas do Piauí, que teve uma involução de -2% em relação a junho do ano passado). No mês de junho, as vendas do comércio varejista do RN cresceram 6,6% sobre junho de 2009 (muito abaixo dos 11,3% da média nacional).
“Olhando nossa curva de evolução traçada pelos números do IBGE, verificamos que nossa economia tem respostas muito agudas a estes fatores externos. E estas respostas são tanto positivas quanto negativas. Por exemplo, quando tivemos a corrida às lojas de carros com o anúncio do ultimo mês de redução do IPI, em março, tivemos o maior incremento de vendas deste ano, com crescimento de incríveis 18,8%. Da mesma forma, desde que este incentivo foi retirado, começamos a registrar desacelerações. Vimos crescendo, mas num ritmo menor. Mas vale registrar que o simples fato de estarmos crescendo é digno de comemoração”, afirma Queiroz.
Acerca do fato de o mês de junho ter sido um período que, em tese, teria as vendas infladas pela Copa do Mundo, pelo Dia dos Namorados e pelos festejos juninos, Marcelo Queiroz ressalta que os fatores, por suas peculiaridades, não teriam mesmo como impactar de forma muito forte o contexto do faturamento do comercio.
“No caso do Dia dos Namorados, os setores que sentem mais o aumento de vendas são aqueles cujo valor agregado das vendas não é tão alto, por exemplo, quanto o de veículos e eletrodomésticos. A mesma coisa acontece com o impacto gerado pela Copa do Mundo e festejos juninos. No caso desses dois últimos ainda há o agravante de que, se alguns setores faturam mais – como bares, restaurantes e lojas de miudezas – outros viram as vendas despencarem”, disse Queiroz.












