Ecoenergias paga funcionários e retoma atividades |
O empresário cearense Manoel Dias Branco Neto reassumiu a administração da Ecoenergias do Brasil nesta quinta-feira (12), e sua primeira ação foi iniciar o pagamento dos 600 funcionários da Companhia Açucareira Vale do Ceará-Mirim, que estava atrasado há cerca de 40 dias.
Na quarta-feira (11), o Supremo Tribunal de Justiça determinou o fim da intervenção judicial na empresa, cujas atividades estavam paralisadas há quase 60 dias. De acordo com o empresário, as perdas com a paralisação são incalculáveis no momento.
“Ainda não dá nem pra quantificar os prejuízos com a paralisação das atividades da usina. No entanto, a maior perda foi com as 20 fazendas que estavam arrendadas para o plantio em junho e julho, que não chegou a ocorrer. Agora, apenas uma delas está em condições de ser plantada. Talvez não seja mais possível, já que estamos no fim do período de plantio, mas iremos tentar de qualquer forma”, disse.
Segundo ele, o cancelamento do plantio das fazendas prejudicou também a geração de empregos temporários. “Seriam contratadas cerca de 1000 pessoas, para a plantação de 5 mil hectares, em um período de 10 semanas. Serão plantados apenas 150 hectares, da fazenda Goiabeira”, revelou o empresário.
Após o pagamento dos funcionários, a próxima medida para a retomada das atividades da empresa será a redução do atraso do período de moagem. “Vamos tentar fazer hora-extra, encontrar um jeito de recuperar o atraso para iniciarmos a moagem, que deverá ser no início de setembro. Com o crescimento do mato junto com a cana, a manutenção também será um problema. Acredito que a perda de produtividade desse período chega a 20%”, afirmou Manoel Dias.
O grupo Ecoenergias estava sob intervenção judicial desde o dia 23 de março, por meio de uma ação iniciada pelo antigo proprietário, o ex-senador Geraldo Melo (PSDB), sob a alegação de que Manoel Dias Branco estaria descumprindo cláusulas contratuais.
