NATHWF prepara documento para esclarecer dúvidas sobre o HotelConstrutora deve marcar nova reunião com a Semurb. |
A diretoria da construtora NATHWF, responsável pela obra do Natal Praia Resort, o “Hotel da BRA”, como ficou conhecido, se reuniu na tarde desta sexta-feira (23) discutir as ações que deverão ser realizadas para garantir a retomada das obras do hotel, paralisadas desde 2006. A construção foi embargada pela Prefeitura de Natal, em virtude do acréscimo do terceiro piso (oitavo andar).
De acordo com o representante da construtora, Ricardo De Grande, durante a reunião desta sexta-feira, ficou decidido que o grupo vai preparar um documento para ser encaminhado ao Procurador Geral do Município, Bruno Macedo. “Este documento vai conter todas as informações para esclarecer as dúvidas em relação ao projeto, para que ele possa ser levado a diante”, disse De Grande.
Segundo De Grande, o grupo deverá se reunir novamente na próxima semana, com o intuito de preparar todas as propostas a serem entregues à Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). “Contamos com a boa vontade do poder público para encontrarmos a melhor maneira de solucionar essa situação”, ressaltou.
Memória
As obras do Natal Praia Resort, conhecido como Hotel da BRA, tiveram início em dezembro de 2004 e deveria ser entregue no final de 2006. Pelo projeto inicial, o hotel deveria ser o maior do Rio Grande do Norte com 410 leitos e o primeiro de nível seis estrelas.
Em julho de 2005, a obra foi embargada pela Prefeitura, quando já estava na oitava laje. A alegação da Prefeitura era de que a empresa apresentou um projeto e começou a executar outro, fora do gabarito de 15 metros de altura estipulado pelo Plano Diretor para obras na Via Costeira. Um mês depois, a obra foi retomada por força de uma liminar da Justiça.
Também em 2005, a Procuradoria da República ingressou com uma ação civil pública pedindo a paralisação da obra e a demolição do oitavo pavimento.
Em novembro de 2006, as obras do hotel foram paralisadas definitivamente, mesmo a empresa NatHWF tendo consigo liminar na Justiça Federal permitindo a construção com a retirada do oitavo andar, suspende os serviços.
A Procuradoria da República, em 2007, pediu liminar à Justiça Federal para obrigar a NatHWF a destruir os pisos irregulares. A Justiça determinou a demolição dos quatro últimos andares do hotel. Por último, em 2008, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região julga o mérito e decide que o hotel não deve ser derrubado.












