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24/08/2010 16h35 - Atualizado em 24/08/2010 16h35

Empresários se reúnem com secretário por reabertura do projeto da Marina de Natal

Empresários e entidades do setor turístico se reúnem nesta quinta-feira (26) com o secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Tertuliano Pinheiro, para reivindicar a reabertura do estudo sobre a Marina de Natal. A construção, prevista para acontecer nas proximidades do Forte dos Reis Magos, foi vetada por um projeto de lei que trata da regulamentação da Zona de Proteção Ambiental – 7, que representa a área onde a obra seria erguida.

O projeto de lei apresentado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), prevê a utilização institucional e um aproveitamento pequeno do espaço, o que inviabiliza a construção na área. A novidade desagradou o ex-secretário de Turismo e um dos principais defensores da Marina de Natal, Fernando Bezerril, que solicitou uma reunião com Tertuliano Pinheiro para que os argumentos dos empresários e entidades do setor turístico fossem levados até a prefeita Micarla de Sousa.

Fernando Bezerril, conta que a prefeitura cogitou construir a Marina de Natal no outro lado do Rio Potengi, na Praia da Redinha, uma área, que segundo o empresário não pode receber a obra. “Tudo isso já foi estudado e ficou comprovado que a construção na Redinha provocaria o assoreamento, impedindo a chegada dos barcos”, alega.

O ex-secretário revela que estudos foram realizados nos últimos anos sobre os danos ambientais na área. De acordo com Fernando Bezerril, o projeto recebeu parecer favorável de órgãos como Conselho Municipal de Planejamento e Meio Ambiente (Conplan), Marinha e Exército.  “Não queremos deixar que a área seja considerada não edificante”, afirma.

O Portal Mercado Aberto entrou em contato com o secretário municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Tertuliano Pinheiro, que confirmou a reunião, mas por estar em São Paulo a trabalho, não pôde prestar mais esclarecimentos. “Vamos recebê-los na secretaria e ouvir o pleito deles”, explicou Pinheiro.

Proposta há mais de quatro anos, a Marina de Natal, foi apresentada pelo grupo espanhol BCM Ingenieros, e atraiu interesse de outras empresas internacionais (Bezerril falou em um grupo americano, um inglês, e outro português). O projeto ficou na dependência da regulamentação da ZPA-7 para chegar à Câmara. O Município chegou a solicitar a análise da modificação do projeto original para o acréscimo de um hotel cinco estrelas e um centro de convenções.

Para o ex-secretário de Turismo, Fernando Bezerril, o veto à Marina de Natal representa a perda de uma grande oportunidade de crescimento em uma área que a capital potiguar pouco explora. “A vocação de Natal é o turismo, e ainda não temos o náutico. Perdemos muito pela quantidade de turistas que passam por aqui e não ficam por não existir lugar onde atracar”, analisa Bezerril.

No projeto inicial a Marina de Natal teria 400 pontos de atraque e cais de honra para grandes iates. Em terra, estavam previstas a construção de parque público, jardim botânico, zona de estaleiro, torre de controle, posto policial de aduana e área comercial com restaurantes e lojas de artesanato. A empresa responsável pela obra também ficaria obrigado a construir um parque de preservação ambiental na área ocupada.

O projeto de lei da Semurb divide a ZPA-7 em cinco subzonas, sendo três de proteção, uma de uso restrito e outra de conservação. Na área que compreende o Forte dos Reis Magos e imediações, a chamada região 2, não pode haver nenhuma construção.


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