Consórcios potiguares seguem tendência de crescimento nacional |
Por: Felipe Gibson
O crescimento da economia nacional, a preocupação de planejar a aplicação do dinheiro e a fuga das altas taxas de juros. Pode-se dizer que o conjunto destes fatores é o principal responsável pelo crescimento dos consórcios em todo o país. Evolução comprovada em números da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (Abac), que registrou um incremento de 10,1% na venda de novas cotas durante o primeiro semestre de 2010 em comparação com o ano passado.
O crescimento fez o número de novos consorciados bater a marca de 1 milhão em todo o país, tendência que se confirma no Rio Grande do Norte. “O setor tem crescido muito. Podemos destacar nesse processo a conscientização do consumidor, as vantagens em relação aos custos e a criação de uma cultura voltada para a formação do patrimônio”, avalia o gerente administrativo do consórcio Eldorado, Rodrigo Freire.
Para o gerente comercial do consorcio Redenção, Ribamar Araújo, as pessoas têm criado disciplina em relação ao orçamento que dispõem. “Os consumidores agora têm noção de quanto vale o seu dinheiro”, explica. Com a filosofia de realizar compras a médio e longo prazo ganhando força, Araújo ressalta que é possível evitar gastos desnecessários.
Aliado à mudança de comportamento, a busca por preços melhores também atrai clientes. Como o consórcio trabalha com uma taxa de administração linear, os consumidores evitam os gastos excessivos com juros. “No fim das contas você tem um preço entre 50 e 60% menor com o consórcio”, ressalta Araújo.
Por último, o gerente do Redenção destaca o aumento de participação das classes de menor poder aquisitivo nos consórcios. “O crescimento da economia tem permitido às pessoas pensar em separar dinheiro para comprar bens que antes não eram pensados”.
O consórcio Redenção, que trabalha com imóveis, motocicletas e automóveis, registrou um incremento de 25%. Segundo o gerente administrativo Aílton Fernando, o setor imobiliário é quem tem puxado a evolução dos consórcios em termos de valores. “No imobiliário temos uma taxa de correção do valor muito menor que o encontrado no financiamento”, explica.
Na avaliação de Aílton Fernando, outra peculiaridade do imóvel diz respeito ao pensamento a médio e longo prazo para sua aquisição. “Não dá para pensar em imóvel a curto prazo”. Em relação ao número de cotas vendidas, o destaque fica por conta dos automóveis, tendência que segundo Aílton Fernando, deve se manter.
Desde 1968 no mercado, o Redenção hoje conta com cerca de 45.000 consorciados divididos em 16 grupos de imóveis e automóveis. A estimativa do gerente administrativo é que se o projeto imobiliário continuar com a evolução que vem tendo, em 2011 o crescimento pode chegar a casa dos 65%.
No consórcio Eldorado, que trabalha com crédito para imóveis, automóveis, motocicletas e serviços, tanto em valor quanto quantia, o mercado imobiliário também tem se sobressaído. Sobre o setor de serviços, incluído nos consórcios a partir de 2009, o gerente administrativo, Rodrigo Freire, conta que o segundo grupo vem sendo fechado.
Segundo Freire, o setor vem ganhando adesão desde que foi criado. “O crédito serve para qualquer tipo de serviço. As pessoas têm procurado muito pela área de reformas e construções”, detalha o gerente administrativo.
De fato, a chegada dos serviços tem apresentado crescimento segundo o último levantamento da Abac. Entre janeiro e junho deste ano, 2.350 novas cotas foram vendidas para serviços, que se concentram principalmente nas áreas de saúde e estética, festas e eventos, turismo e educação.












