Rio Grande do Norte na corda bamba: tarifa de 50% dos EUA pode trazer grandes prejuízos ao estadoO estado Rio Grande do Norte exportou US$?67,1 milhões nos seis primeiros meses de 2025 para o mercado americano, ocupando a 16ª posição entre os estados brasileiros. |
O tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump, com sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA, entra em vigor a partir de 1º de agosto de 2025 e já equilibra transparência com ameaça: diversos setores estratégicos do Brasil ficam de fora da lista de isenções, penalizando diretamente estados como o Rio Grande do Norte.
O estado Rio Grande do Norte exportou US$?67,1 milhões nos seis primeiros meses de 2025 para o mercado americano, ocupando a 16ª posição entre os estados brasileiros. Diante da nova tarifa, grandes prejuízos estão a caminho, pois a maioria dos produtos enviados pelo estado está sujeita à sobretaxa, com destaque para o pescado e o sal marinho.
O governo do RN tem dito que monitora os impactos da medida e avalia a possibilidade de adotar medidas de apoio emergencial aos exportadores. Enquanto isso, algumas unidades da federação já começam a anunciar pacotes de medidas de apoio para setores vulneráveis que incluem isenções fiscais e linhas de crédito específicas - reportagem do portal G1 confirma que estados como São Paulo já liberaram recursos para compensar perdas e ampliar este suporte.
A situação é complexa - e explosiva. A revista britânica The Economist classificou o movimento de Trump como um "ataque sem precedentes ao Brasil", mas alertou que pode "sair pela culatra", ao galvanizar apoio interno à defesa da soberania e da autonomia jurídica do país.
Analistas alertam: a sobretaxa norte-americana deve reduzir a competitividade brasileira e provocar retração do PIB e de exportações. Estima-se que entre 40?% e 45?% dos produtos brasileiros foram poupados da taxação, enquanto os setores mais sensíveis seguem com anúncio de serem tarifados a partir de 6 de agosto.

