Tudo sobre economia, finanças, negócios e investimentos

01/08/2025 12h26

Com mais turistas de Fortaleza, Mossoró supera retração de público e bate recorde de R$ 366,6 milhões com edição 2025 do Cidade Junina

Pela manhã, a comitiva da Fecomércio RN apresentou, em evento com o prefeito Luís Eduardo (Lula) Soares, os dados do São João de Assú 2025, que apontaram retração na movimentação econômica.

Mesmo com uma leve retração de 3,1% no público total, o Mossoró Cidade Junina 2025 alcançou a maior movimentação financeira da sua história: impressionantes R$ 366,6 milhões. O dado foi apresentado nesta sexta-feira (1º) pelo presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, e pelo diretor de Inovação e Competitividade da entidade, Luciano Kleiber, durante evento na cidade. A explicação para o recorde, apesar de quase 49 mil pessoas a menos, está na mudança do perfil dos turistas, com destaque para o aumento expressivo dos visitantes oriundos de Fortaleza.

"O evento demonstra maturidade econômica. Não é mais apenas uma festa, mas uma engrenagem consolidada da economia regional", destacou Marcelo Queiroz. O presidente da Fecomércio RN apontou ainda que o poder público pode enxergar na capital cearense um novo mercado potencial diante do eserado crescimento do São João de Natal nos próximos anos. "Foram 44.939 natalenses a menos que em 2024 -, o que impactou negativamente nos valores que circularam, representando uma perda de mais de R$ 10 milhões", disse.

Em contrapartida, a participação dos fortalezenses mais do que dobrou (alta de 96,7%), somando 91.515 visitantes. E o mais relevante: o gasto médio diário individual desse público foi de R$ 416,47 - 18% superior à média geral dos turistas do evento, que ficou em R$ 352,94. Para Luciano Kleiber, esse perfil financeiro mais robusto compensou a ausência de natalenses. "Fortaleza virou um novo vetor estratégico de crescimento. Em termos de retorno financeiro por visitante, foi um golaço", resumiu.

Além do recorde de movimentação geral, outro dado que chama atenção é o desempenho dos pequenos negócios. Os microempreendedores individuais (MEIs) que atuaram no evento registraram faturamento médio bruto de R$ 68,5 mil - com lucro líquido médio de R$ 30,8 mil. Já os informais alcançaram lucro médio de R$ 24 mil. Foram cadastrados 980 empreendedores, e a geração de renda direta alcançou cerca de 2.500 pessoas, somando trabalhadores e ocupações temporárias.

O prefeito de Mossoró, Alyson Bezerra, comemorou os resultados. "Esse é um retorno que chega na ponta, na base da nossa economia. O MCJ 2025 mostrou que é possível fazer cultura com responsabilidade fiscal e impacto direto para quem mais precisa", disse o gestor. Mesmo com os bons números, a Fecomércio RN recomendou ajustes estratégicos, com foco especial em três frentes: retomada do público natalense, consolidação do mercado de Fortaleza como emissor de turistas e investimentos em mobilidade urbana e apoio ao MEI. "Precisamos resolver gargalos estruturais para garantir que o evento cresça ainda mais em 2026", concluiu Kleiber.


São João de Assú perde fôlego, mas segue relevante

Pela manhã, a comitiva da Fecomércio RN apresentou, em evento com o prefeito Luís Eduardo (Lula) Soares, os dados do São João de Assú 2025, que apontaram retração na movimentação econômica. O evento gerou R$ 79,58 milhões, contra R$ 88,52 milhões em 2024 - uma queda de 10,1%. Boa parte da explicação está na forte redução de público vinda de Natal e Mossoró. Só da capital potiguar foram cerca de 28.300 visitantes a menos, gerando uma perda estimada de R$ 8 milhões. "A concorrência com eventos de grande porte em Natal afastou parte do nosso público fiel", avaliou Lula Soares.

Ainda assim, os MEIs e informais mantiveram desempenho razoável: lucros líquidos médios de R$ 17,5 mil e R$ 15,3 mil, respectivamente, ao longo de 11 dias de operação. O tíquete médio diário dos turistas ficou estável, em R$ 277,45. Luciano Kleiber destacou um ponto de atenção: "Houve um rejuvenescimento e uma concentração maior de público na faixa entre 2 e 5 salários-mínimos. Isso reduziu o tíquete médio, mas mantém o evento com forte presença popular". Segundo ele, para 2026, será fundamental retomar o apelo junto ao público de maior poder aquisitivo e reforçar a mobilidade intermunicipal. No balanço geral, 72,8% dos empresários avaliaram o evento como positivo. "Mesmo com retração, o São João de Assú segue sendo um motor potente para os pequenos negócios da região", finalizou Marcelo Queiroz.

 


0 Comentário

Avenida Natal, 6600 - Rodovia Br 101 - Taborda | São José de Mipibú/RN CEP | 59.162-000 | Caixa Postal: 50
2010 ® Portal Mercado Aberto. Todos os direitos reservados.
ponto criativo