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13/11/2025 11h12

Prevista para ser inaugurada em março de 2026, Cidade da Moda de Acari costura um novo capítulo para a economia do Seridó potiguar

O projeto, orçado em R$ 21,7 milhões, vem sendo executado pela empresa Certa e promete transformar Acari em referência nordestina da indústria têxtil e de confecções.

Com 65% das obras já concluídas e previsão de entrega para março de 2026, o Complexo Acari Cidade da Moda avança como um dos principais marcos de reestruturação produtiva do Seridó. O projeto, orçado em R$ 21,7 milhões, vem sendo executado pela empresa Certa e promete transformar Acari em referência nordestina da indústria têxtil e de confecções.

O empreendimento contará com dez galpões industriais, centro de convenções, áreas para capacitação profissional e espaços de negócios. O objetivo é consolidar um ecossistema completo que reúna produção, comercialização e design, abrindo espaço para a criação de marcas próprias e atração de investidores.

De acordo com o prefeito da cidade, Fernando Antonio Bezerra, o projeto simboliza uma virada de página na economia da região: "A Cidade da Moda representa um novo ciclo de desenvolvimento industrial e social para o Seridó. Ela valoriza a vocação produtiva local, mas com uma lógica moderna de agregação de valor, tecnologia e qualificação".

Impacto econômico direto

Estudos preliminares da Fecomércio RN e do Sebrae/RN estimam que o complexo deve gerar 1.200 empregos diretos e indiretos já no primeiro ano de funcionamento, além de incrementar em até 15% o PIB de Acari e movimentar cadeias produtivas de municípios vizinhos como Currais Novos, Carnaúba dos Dantas e Parelhas.

O impacto regional é potencializado pelo programa Pró-Seridó, que já formou cerca de 4 mil costureiras e empreendedores locais. A expectativa é que o novo polo absorva parte dessa mão de obra, permitindo a transição de oficinas domésticas para unidades industriais formalizadas e competitivas.

Desafio: transformar produção em marca

Para Marionete Medeiros, presidente da Associação Seridoense de Confecções (Asconf), o passo seguinte é transformar o potencial produtivo em identidade comercial: "Temos qualidade e tradição, mas precisamos consolidar marcas próprias e abrir canais de venda nacionais. O complexo será o motor dessa virada".

A meta, segundo a Asconf, é criar uma marca territorial "Moda Seridó", capaz de reunir confecções locais sob um mesmo selo de origem e qualidade - algo semelhante ao que o Vale do Jequitinhonha alcançou na cerâmica e o Cariri no artesanato. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Alan Silveira, afirmou que o governo aposta na Cidade da Moda como "divisor de águas" para o setor têxtil potiguar: "Vamos impulsionar o Seridó como referência nacional em confecção e design, valorizando a produção local e atraindo novos investimentos".

Já o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, destacou o papel do projeto como pilar de uma nova política industrial regional. "É um exemplo de como planejamento, cooperação e visão de longo prazo podem reverter décadas de concentração produtiva nas capitais", afirmou.

 


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