Febre aftosa: definição sobre sorologia deve sair até o dia 15 |
Até 15 de setembro o Rio Grande do Norte deve receber um posicionamento sobre sua reclassificação em relação à febre aftosa. O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, Francisco das Chagas Azevedo, confirmou que o estado aguarda o Ministério da Agricultura para saber se o rebanho do estado passará pela sorologia em setembro.
Azevedo explica que existe a possibilidade do RN passar de zona de médio risco, na qual o estado está classificado hoje, para área livre de febre aftosa. “Estamos aguardando para saber se vamos precisar de sorologia ou não. Já estamos com um plano de ação pronto”, revela o titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape).
Se a sorologia for necessária, cabe ao Ministério da Agricultura determinar o percentual de amostras que serão necessárias e quantas propriedades precisam ser visitadas. Segundo o secretário o RN tem hoje um rebanho de 900.000 animais, entre bovinos e bubalinos.
Francisco das Chagas ressalta que o ministério tem mostrado intenção de reclassificar os outros estados do Nordeste classificados como zona de médio risco – hoje só a Bahia é considerada área livre. Um encontro já está agendado para o dia 16 de setembro em Brasília para debater o tema no Ministério da Agricultura. Até lá a expectativa é de uma posição em relação à sorologia nos estados nordestinos.
De acordo com o secretário, a reclassificação favoreceria a comercialização não só da pecuária, como também de outros setores. “Teremos circulação livre no país e exterior. Além da pecuária, também favorece outros setores. Com o estado livre da aftosa, países que não compravam ao RN vão começar a negociar”.
A diretora de Defesa e Inspeção do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), Tereza Cristina Ribeiro, explica que a sorologia é feita com a supervisão do Ministério da Agricultura. As amostras são analisadas por um laboratório indicado pelo próprio ministério. Apesar de não saber precisar a data da sorologia, a diretora de Defesa e Inspeção do Idiarn adianta que o resultado deve sair até o fim do ano.
Conheça a doença
Febre aftosa é uma doença viral contagiosa que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos. Os principais sintomas são aftas na boca e na gengiva, feridas nas patas e nas mamas.
O animal apresenta febre alta perda de peso, dificuldade para pastar e produzir leite, além de dificuldade para se alimentar e locomover. Na bovinocultura de leite, é grande a perda de produtividade.
Brasil
Entre os estados brasileiros, o Distrito Federal e outros 14 são classificados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres da febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O centro-sul do Pará (46 municípios) e as cidades de Boca do Acre e Guajará, no Amazonas, apresentam a mesma classificação. Os outros estados da região Nordeste e o nordeste do Pará são considerados como médio risco para a doença; Roraima e noroeste do Pará, como de alto risco, e Amazonas e Amapá têm risco desconhecido.
