Trabalho informal no Brasil cai ao menor nÃvel da históriaCerca de 60% dos trabalhadores do paÃs tinham carteira assinada em 2009. |
Um estudo divulgado nesta quarta-feira (08) revelou que o nível de trabalhadores informais no Brasil caiu em 2009 para o nível mais baixo da história. Nesse período, a renda deles chegou ao maior valor em 14 anos.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) divulgada hoje pelo IBGE, com base em dados divulgados em 2009, indicou que o Brasil tinha no ano passado 54,3 milhões de trabalhadores.
Desses, 59,6% tinham carteira assinada, 28,2% eram informais e os 12,2% restantes eram militares ou funcionários públicos. A porcentagem de trabalhadores formais é recorde histórico, bem como o de informais, que em 2004 representavam 33,1% do total.
A informalidade caiu também entre os empregados domésticos, setor que envolve 7,2 milhões de pessoas, dos quais 2 milhões ainda careciam de garantias trabalhistas em 2009. Para o estudo, foram entrevistadas 399.387 pessoas em 153.837 domicílios, dos cerca de 58,6 milhões existentes no país.
A pesquisa também detectou um aumento da renda real dos trabalhadores e uma redução da concentração de renda no índice de Gini, de 0,521 em 2008 para 0,518 em 2009.
O estudo também indicou uma queda no número de crianças no mercado de trabalho (de 4,5 milhões em 2008 para 4,3 milhões em 2009) e um aumento de graduados entre a população ocupada (de 41,2% em 2008 para 43,1% em 2009).
Apesar desses avanços, o número de desocupados subiu de 7,1 milhões de pessoas em 2008 para 8,4 milhões em 2009 como consequência da crise, mas os economistas consideram que esse número voltou a cair porque o país voltou a crescer.
A taxa de desemprego subiu de 7,1% da população economicamente ativa (101,1 milhões) em 2008 para 8,3% em 2009, pondo fim a uma sequência de três anos de queda do indicador.
A renda mensal média dos trabalhadores no ano passado era de R$ 1.106, valor 20% mais em termos reais que em 2004.
Embora a renda média das mulheres tenha crescido pelo quinto ano consecutivo, no ano passado ainda representava 67,1% da remuneração dos homens. As mulheres representavam no ano passado 51,3% da população em idade ativa, mas apenas 42,6% dos ocupados e 58,3% dos desempregados.












